Festival Movimenta Cena Sul reúne 15 espetáculos gaúchos para apresentações gratuitas

Festival Movimenta Cena Sul reúne 15 espetáculos gaúchos para apresentações gratuitas

Evento ocorre no Theatro São Pedro, de 19 a 27 de julho e os ingressos podem ser retirados a partir desta terça-feira, dia 16

Correio do Povo

Espetáculo circense "Dalí" abre a programação nesta sexta-feira

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Porto Alegre será palco, a partir desta sexta-feira, dia 19, de uma importante iniciativa para a retomada das artes cênicas no Estado: o Festival Movimenta Cena Sul. A ação emergencial reunirá 15 espetáculos gaúchos para apresentações, até o próximo dia 27, nos diferentes espaços administrados pela Fundação Theatro São Pedro (FTSP). Os ingressos para todos os espetáculos podem ser retirados sem custo a partir desta terça-feira, dia 16, na chapelaria do Theatro São Pedro, que funcionará de terça a sexta-feira, das 11h às 19h, e aos sábados e domingos, das 15h até o horário de início das apresentações. A programação completa está disponível no site.

Serão nove dias ininterruptos de apresentações, com montagens de teatro, circo e dança para o público aproveitar gratuitamente no palco principal, no Teatro Oficina Olga Reverbel, na Concha Acústica, na Sala da Música e na Praça Multipalco.

A abertura do festival será no dia 19, às 20h, com o espetáculo circense Dalí, que utiliza acrobacias, contorção, malabares, parkour e perna de pau para resgatar o universo de um dos maiores ícones da arte surrealista do mundo. Antes de todas as apresentações, o público ainda será recepcionado por performances especiais realizadas por 27 artistas circenses contratados pelo Instituto Estadual de Artes Cênicas (IEACEN)

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Confira a Programação:

• 19 de julho, sexta-feira, às 20h, no Theatro São Pedro

“Dalí” (Circo - Porto Alegre)

Classificação etária: Livre. Duração: 65 minutos

Espetáculo circense livremente inspirado no universo de Salvador Dalí, um dos maiores ícones da arte surrealista do mundo. Na apresentação, clássicos números circenses - como duo acrobático, contorção, perna de pau, parada de mão, tecido, roda cyr, lira, malabares e parkour - servem de trampolim para recontar a vida e a obra do pintor espanhol que marcou o século 20.

• 20 de julho, sábado, às 20h, no Theatro São Pedro

“Onde está Cassandra?”, de Cassandra Calabouço (Dança - Porto Alegre)

Classificação etária: Livre. Duração: 60 minutos

Cinco drag queens apresentam coreografias, cenas e números de lipsync para contar a trajetória de 25 anos de Cassandra Calabouço, mostrando novos e importantes desdobramentos na pesquisa do hibridismo entre a linguagem da dança e a estética performativa do universo drag. O espetáculo também traz à cena questionamentos políticos e existenciais.

• 21 de julho, domingo, às 18h, no Theatro São Pedro

“A mulher que queria ser Micheliny Verunschk”, da Cia Stravaganza (Teatro - Porto Alegre)

Classificação etária: 16 anos. Duração: 65 minutos

Versão para o teatro do romance homônimo de Wilson Freire, a peça apresenta uma mulher que sai pouco de seu aquário e tem contato com o mundo somente através dos homens que passam por sua vida e logo se vão. A personagem, interpretada por Sandra Possani, é um “porto sem cais”, que vê a vida passar e sumir no mar, em constante imobilidade. Mas sua imaginação é gigante: gosta de garatujar letras, cascavilhar ideias, chafurdar frases à procura da inspiração para contar a sua própria história.

• 22 de julho, segunda-feira, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel

“Ubumpuru Transversal - Uma Corpa Marginal”, de AJeff Ghenes (Teatro - Veranópolis)

Classificação etária: 14 anos. Duração: 70 minutos

Espetáculo cênico-performático-social que surge para conectar histórias corporificadas pela simbologia cênica, trazendo ao palco lembranças adormecidas da memória coletiva, com narrativas do real e ficcional. Estrelado pela multiartista AJeff Ghenes, uma travesti não-binária, periférica, racializada, vinda de Veranópolis, no interior da Serra Gaúcha, o espetáculo subverte e decoloniza sua própria linguagem e proposição estética, com uma Corpa que não está só no palco, ela está inundada de muitas, de outras, de nós.

• 22 de julho, segunda-feira, às 20h, no Theatro São Pedro

“O Inverno do Nosso Descontentamento - Nosso Ricardo III”, da Cia Teatro ao Quadrado (Teatro - Porto Alegre)

Classificação etária: 14 anos. Duração: 100 minutos

Ricardo III, a obra-prima de Shakespeare, é o ponto de partida do espetáculo que apresenta a ascensão ao poder do tirano Ricardo ao trono da Inglaterra, por meio de violências e traições. A peça desconstrói o texto shakespeariano e incorpora em sua narrativa vários outros tiranos que, ao longo da História, fizeram mau uso do poder, provocando morte e destruição. Com linguagem cênica contemporânea, provoca os espectadores com sua teatralidade no tratamento dado ao clássico.

• 23 de julho, terça-feira, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel

“Mesa Farta”, do Grupo Pretagô (Teatro - São Leopoldo)

Classificação etária: 16 anos. Duração: 70 minutos

O espetáculo propõe uma reflexão sobre este lugar-objeto, a mesa, que elabora o cotidiano da vida. Um móvel que passa batido sobre nossos sentidos e que é um suporte importante para realizarmos ações simples, porém fundamentais. Sobre ela comemos, bebemos, choramos, rimos, celebramos a vida e a morte, sonhamos, divagamos e decidimos. Na mesa são feitos acordos sobre as possibilidade de mudanças a partir das escolhas, confissões e decisões.

• 23 de julho, terça-feira, às 20h, no Theatro São Pedro

“Ecos”, da Transforma Cia de Dança (Dança - Porto Alegre)

Classificação etária: Livre. Duração: 60 minutos

O espetáculo traz para a cena a responsabilidade coletiva sobre Gaia, conceito da Terra como organismo vivo, do ambientalista gaúcho José Lutzenberger. A obra provoca reflexões importantes do que fomos, somos e o que podemos não vir a ser, buscando traduzir, através da poética da dança, a evolução da relação da humanidade com o meio ambiente, a sua harmonia, mas também a dissonância crescente em virtude de uma atitude cada vez mais individualista.

• 24 de julho, quarta-feira, às 15h, na Sala da Música

“O Sol de Cada Um”, da Sintonia Teatral (Teatro - Santa Cruz do Sul)

Classificação etária: Livre (infantojuvenil). Duração: 45 minutos

O espetáculo conta a história de Vit Trevo, um trevo de quatro folhas que sofre bullying pelos colegas na escola, pois é diferente de todos os outros trevos, que têm três folhas. O personagem principal se entristece com isso, e acaba fugindo de casa. Nessa jornada, ele encontra Ana Kakta e Mateus Menino, que acabam se transformando em seus amigos, dando conselhos e força um ao outro na resolução de suas aflições.

• 25 de julho, quinta-feira, às 17h, na Sala da Música

“Laysa Taylor: Memórias de uma Diva”, do Núcleo de Póiesis Teatrais (Teatro - Santiago)

Classificação etária: 18 anos. Duração: 45 minutos

A peça conta a história de sucesso, sofrimento e traumas de uma mulher transexual: uma performer de muito sucesso, mas que guarda muitos traumas e histórias do passado. No seu camarim, após o seu show, ela divide com o público as suas memórias, em uma narrativa cheia de nuances entre o drama e a comédia. A montagem tem texto e atuação de Lohana Valentini e direção de Pablo Fernando Damian.

• 25 de julho, quinta-feira, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel

“Mulheragem”, da Cia Dramática (Teatro - Imbé)

Classificação etária: 12 anos. Duração: 70 minutos

A montagem reúne seis cenas curtas que refazem a memória de mulheres na história e denunciam as violências cometidas contra elas. Poderosas e inquietas, elas foram protagonistas mesmo em épocas contraditórias, lutando pelos seus direitos e conquistando seu espaço. Na peça com concepção e idealização de Juçara Gaspar e direção de Guadalupe Casal, seis atrizes trazem à tona biografias que foram subtraídas e histórias que nunca tiveram espaço para serem contadas.

• 25 de julho, quinta-feira, às 20h, no Theatro São Pedro

“Instinto”, do Projeto GOMPA (Teatro - Porto Alegre)

Classificação etária: 16 anos. Duração: 45 minutos

Vencedor do prêmio Ibsen Scope na Noruega, o espetáculo com direção de Camila Bauer é uma interpretação contemporânea fragmentada do personagem Brand, de Henrik Ibsen. Misturando teatro, dança, música e artes visuais, questiona os limites da humanidade diante de líderes extremistas e nossa própria capacidade de raciocínio frente aos instintos animais. É um reflexo sobre o conflito entre ideais e ações humanas, explorando nossas semelhanças com primatas e as complexidades do mundo atual.

• 26 de julho, sexta-feira, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel

“Habite-me”, da Líria Cultural (Teatro - Morro Reuter)

Classificação etária: 14 anos. Duração: 50 minutos

Conduzido por um fio narrativo musical, a dramaturgia é dividida em três quadros, com elementos de cena que almejam estimular o espectador a sentir e encontrar sentidos na cadeia de personagens que surgem e se desfazem de um quadro a outro, intercalados por um espaço moldável pelo ar, por meio de infláveis, numa alusão à efemeridade do tempo que nos absorve e à inconstância da matéria. A montagem utiliza teatro de máscaras, danças e bonecos e conta com atuação e pesquisa de Carolina Garcia, além da direção e dramaturgia de Paulo Balardim.

• 27 de julho, sábado, às 15h, na Praça Multipalco

“Zaze-Zaze: Uma Festa para Vavó”, da Usina do Trabalho do Ator (Teatro - Porto Alegre)

Classificação etária: Livre. Duração: 65 minutos

A trama do espetáculo gira em torno de Vavó, uma personagem negra, idosa e pobre, que está no limiar de sua vida e carrega consigo uma história rica em experiências e desafios. Com uma narrativa sensível e poderosa, o espetáculo de rua apresenta memórias de juventude, momentos com o marido, cenas ritualísticas e outras recordações que expõem a condição de vida da mulher negra no Brasil.

• 27 de julho, sábado, às 17h, na Concha Acústica

“Cotidiano Urbano”, da Restinga Crew (Dança - Porto Alegre)

Classificação etária: Livre. Duração: 40 minutos

O espetáculo destaca momentos da trajetória do Restinga Crew, grupo que nasceu na periferia de Porto Alegre. Com coreografias que unem dança de rua com elementos lúdicos e teatrais, a montagem mostra a realidade dos dias na comunidade, com a lotação nos ônibus, a arte de rua, a cultura hip hop e a vulnerabilidade social.

• 27 de julho, sábado, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel

“Persona”, da Ânima Cia de Dança (Dança - Porto Alegre)

Classificação etária: 16 anos. Duração: 60 minutos

O espetáculo de dança contemporânea apresenta Autoimagem e Macho Homem Frágil, as duas últimas obras dirigidas por Eva Schul que já foram mostradas juntas em formato virtual. Durante o festival, as criações serão apresentadas de forma presencial e inédita. Os intérpretes recebem o público carregando espelhos, que também estão pendurados em diferentes locais do palco: o público vê os intérpretes e a si como parte da obra, mergulhando em imagens e personas em movimento.


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