Arte & Agenda

Margs estreia nova versão de “Acervo em movimento” com rotatividade de obras

Após pausa durante a enchente, programa retoma modelo de curadoria compartilhada entre as equipes do Museu, que se alternam na concepção e na organização das exposições

Xampanã Omolu velho, do artista Nelson Faedrich (1980), é uma das obras do acervo que compõem a exposição
Xampanã Omolu velho, do artista Nelson Faedrich (1980), é uma das obras do acervo que compõem a exposição Foto : Acervo Nelson Boeira Faedrich / Divulgação / CP

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) estreia a nova versão do programa expositivo “Acervo em movimento” neste sábado, dia 25. Esta nova montagem segue em exibição até janeiro de 2026. Dedicada ao acervo do Museu, que conta com mais de 5,9 mil obras de arte, a mostra de longa duração com rotatividade periódica das obras expostas ocupa duas salas de modo permanente, no 2º andar da instituição.

Com a curadoria do Núcleo Educativo do Margs, esta nova versão de “Acervo em movimento” traz obras dispostas apenas nas paredes, favorecendo a circulação e o convívio em roda, em um ambiente que convida à troca e à escuta. A configuração propõe ao visitante uma experiência que evoca reflexões sobre a infância e a velhice, o viajar e o transportar-se, a bagagem e a cidade – temas atravessados pelo sincretismo religioso e cultural que cada indivíduo carrega consigo.

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Programa

Em operação desde 2019 e interrompido pela enchente em maio de 2024, o programa “Acervo em movimento” reestreou em julho deste ano, retomando o modelo de curadoria compartilhada entre as equipes do Margs, o qual marcou o seu início. Desse modo, setores do Museu se alternam como responsáveis pela concepção e organização de cada nova versão.

Com o objetivo de trazer a público o acervo do Margs, a mostra opera segundo uma estratégia expositiva de substituições periódicas das obras em exibição. Desse modo, peças entram e saem da exposição a cada três meses em média, proporcionando uma renovação constante do conjunto exposto.

A rotatividade, por sua vez, gera recombinações que procuram propor novas relações, sentidos e chaves de compreensão, oferecendo ao público uma exposição sempre viva e dinâmica, que aposta mais na experiência da descoberta do que na orientação do discurso. O interesse é sondar as provisórias relações de vizinhança entre as obras, assim como as tensões das partes com o todo, propondo desdobramentos que intensificam e multiplicam as formas de ver, sentir e reagir.

Parte-se do entendimento de que obras de arte não “falam” apenas por si mesmas, uma vez que seus sentidos são também efeito do que podem produzir tanto em relação ao contexto histórico mais amplo em que vêm a público como no interior dos territórios relacionais e narrativos que uma exposição é capaz de colocar em causa.

Assim, “Acervo em movimento” explora a seguinte pergunta junto aos visitantes e a ação educativa: quais podem ser as relações entre obras de arte distintas e de diferentes épocas, contextos e linguagens?

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