Arte & Agenda

Melhor Ator no Festival de Cinema do Rio estreia espetáculo solo no Teatro Renascença

Gabriel Faryas volta a Porto Alegre para apresentações do seu espetáculo solo “Corpocidade”, com curta temporada no Teatro Renascença

Gabriel Faryas foi vencedor do Troféu Redentor de Melhor Ator no Festival do Rio de 2025, por seu trabalho em "Ato Noturno", de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher
Gabriel Faryas foi vencedor do Troféu Redentor de Melhor Ator no Festival do Rio de 2025, por seu trabalho em "Ato Noturno", de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher Foto : Gabriehl Oliveira / Divulgação / CP

Após receber o Troféu Redentor de Melhor Ator no Festival de Cinema do Rio pelo seu trabalho no filme Ato Noturno (Marcio Reolon e Filipe Matzembacher), o ator Gabriel Faryas, volta a Porto Alegre para apresentações do seu espetáculo solo “"Corpocidade"”, em curta temporada no Teatro Renascença. Faryas protagoniza e assina a dramaturgia, que tem direção de Thiago Pirajira.

"Corpocidade" mistura teatro e dança para investigar as coreografias invisíveis da vida urbana e nasce em meio ao concreto, ao ruído e às pequenas histórias que se cruzam no dia a dia. A nova temporada ocorre no Teatro Renascença, em Porto Alegre, com sessões nos dias 25 e 26 de outubro, 31 de outubro, 1º e 2 de novembro, sextas e sábados, às 20h, e domingos às 18h. Serão somente dois finais de semana. Os ingressos estão na Sympla.

A narrativa acompanha Guilherme, um homem que, em meio à pressa cotidiana, perde um pequeno objeto e passa a atravessar toneladas de pedras — e memórias — em busca do que se foi. O gesto de procurar se torna metáfora para o mergulho interior de quem tenta reencontrar-se no meio do caos. “Deseja reencontrar, nem que tenha que engolir a cidade”, anuncia a sinopse. Entre sutilezas e monstruosidades, "Corpocidade" propõe uma reflexão sobre a influência da cidade em nossos corpos e a maneira como nossos gestos cotidianos também desenham as ruas, as praças e os silêncios. “Tenho interesse em estudar a urbanidade e como ela influencia a nossa subjetividade”, diz Faryas.

Entre sutilezas e monstruosidades, "Corpocidade" propõe uma reflexão sobre a influência da cidade em nossos corpos e a maneira como nossos gestos cotidianos também desenham as ruas, as praças e os silêncios. “Tenho interesse em estudar a urbanidade e como ela influencia a nossa subjetividade”, diz Faryas.

Veja Também

“Me interessa o pequeno, as micro-histórias que povoam essas urbes gigantescas. As coreografias que percebo numa estação de trem, as conversas dentro do ônibus, o som da feira. Há muito de interessante e criativo vindo do cotidiano.” Para o artista, o corpo é linguagem e território. Por isso, o espetáculo nasce na fronteira entre teatro e dança — um lugar onde as palavras se movem e o movimento fala. “No cotidiano das cidades há dinâmicas não ditas, relações de poder e influência que não são verbalizadas, apenas percebidas pelos corpos. É nesse espaço sutil que "Corpocidade" se inscreve”, completa.

O diretor Thiago Pirajira descreve o processo como um “exercício de transposição” entre dramaturgia e corpo. “O trabalho de direção vem dialogando com o texto e trazendo para a cena as imagens que compõem as paisagens da cidade. É nesse gesto de tradução — do urbano para o sensível — que habita o ímpeto criativo do espetáculo”, afirma. Criado em 2024, "Corpocidade" é fruto de um percurso de deslocamentos e escutas: uma dramaturgia escrita em trânsito por diversas cidades brasileiras, entre a solidão e a coletividade, o ruído e o respiro, o humano e o concreto.

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quinta-feira, dia 6 de novembro de 2025

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio