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“Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, vai ganhar filme com diretor de “M8”

O elenco e a equipe de produção do longa se reuniram nesta semana para a leitura do roteiro, e as filmagens começam em 1º de novembro, no Rio de Janeiro

A produção pretende revelar não apenas as dificuldades enfrentadas por Carolina, mas também sua paixão pela escrita
A produção pretende revelar não apenas as dificuldades enfrentadas por Carolina, mas também sua paixão pela escrita Foto : Domínio Público / Divulgação

“Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, livro de Carolina Maria de Jesus considerado entre os mais importantes da literatura brasileira, vai ganhar um filme. A obra será dirigida por Jeferson De (“M8 - Quando a Morte socorre a Vida”), com roteiro de Maíra Oliveira (“Papai é Pop”) e produção de Clélia Bessa.

O elenco e a equipe de produção do longa, que recebeu o título provisório de “Carolina - Quarto de Despejo”, se reuniram nesta semana para a leitura do roteiro, e as filmagens já começam no dia 1º de novembro, no Rio de Janeiro. A atriz Maria Gal (“Câncer com Ascendente em Virgem”) será a protagonista, interpretando Carolina, mulher negra que relatou seu cotidiano como catadora de lixo da favela do Canindé, na periferia de São Paulo, entre os anos de 1955 e 1960. Raphael Logam, Fábio Assunção, Thawan Lucas e Clayton Nascimento também integram o elenco.

O livro “Quarto de Despejo” reproduz o diário de Carolina Maria de Jesus, em que ela narra com força poética a vida na periferia e o sofrimento e a angústia mediante as dificuldades e a rotina de fome. Na época, final dos anos 50, ela vivia no Canindé com seus três filhos quando foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas. Trabalhava como catadora e escrevia todos os dias em seu diário, intercalando com criações que iam de contos a poemas.

Assim que lançado, o livro obteve sucesso astronômico. Com apenas dois anos de educação formal, Carolina conquistou o País, vendeu mais de um milhão de exemplares e teve sua obra traduzida para 14 idiomas. Ela morreu em 1977, aos 64 anos, vítima de bronquite asmática.

De acordo com comunicado enviado à imprensa, a produção pretende revelar não apenas as dificuldades enfrentadas por Carolina e seus filhos, mas também sua genialidade, coragem e paixão pela escrita, que transformaram sua experiência em um poderoso testemunho de resistência. Por enquanto ainda não há previsão de lançamento.

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