Seis telas danificadas no 8 de janeiro são restauradas

Seis telas danificadas no 8 de janeiro são restauradas

Acervo que foi vandalizado conta com 20 obras de arte; previsão é que todas tenham o restauro concluído até dezembro deste ano

Correio do Povo

Depois das peças em madeira e cerâmica, foi a vez das pinturas receberem os reparos

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Seis das 11 telas vandalizadas nos ataques de 8 de janeiro de 2023 ao Palácio do Planalto, em Brasília (DF), já passaram pelo processo de restauro e em breve poderão voltar a ficar expostas. O trabalho é fruto de um Termo de Execução Descentralizada (TED) entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no valor de R$ 2,2 milhões. A iniciativa conta ainda com o apoio da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais (DCPP) da Presidência da República.

O acervo vandalizado conta com 20 obras de arte. A previsão é que todas tenham o restauro concluído até dezembro deste ano. Para recuperar as peças, 22 profissionais da UFPel, entre professores do curso de Conservação e Restauração, técnicos e estudantes, têm se revezado no laboratório de conservação e restauração instalado nas dependências do Palácio da Alvorada.

As demais obras de arte (um total de nove) produzidas em outro tipo de material, como madeira, ferro e até mesmo papel, estão em fase final do processo de restauração e registro. “Em cada uma delas faltam detalhes, como o verniz final, por exemplo, mas em todas ainda falta concluirmos a documentação científica, que é uma etapa que nos fornece muitas informações importantes sobre cada peça”, explica Andrea Bachettini, coordenadora do laboratório montado na residência oficial do presidente da República.

A equipe, atualmente, está concentrando esforços na tela “As Mulatas”, de Di Cavalcanti. “Fizemos a limpeza da cola do reentelamento da peça e devemos concluir a restauração da obra até setembro”, continua Andrea. Ela ressalta, ainda, que o trabalho abrangido pelo TED entre Iphan e UFPel não se restringe apenas à restauração das obras. Ele inclui também a difusão do conhecimento produzido ao longo dos meses de trabalho, por meio de um seminário técnico, uma exposição fotográfica, o lançamento de um livro-arte e um documentário, além de outras ações de educação patrimonial nas escolas do Distrito Federal.

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