Brechó itinerante que virou escola em Porto Alegre completa 12 anos

Brechó itinerante que virou escola em Porto Alegre completa 12 anos

Com mais de 400 edições realizadas, Brick de Desapegos reúne brechós, espaço para debates, trocas de informações e serviços relacionados à sustentabilidade

Correio do Povo

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Com uma proposta que já virou tradição no calendário de eventos de moda em Porto Alegre, o Brick de Desapegos completa 12 anos em dezembro e se consolida como uma verdadeira plataforma de moda sustentável. Criada pela publicitária Natalia Guasso, a tradicional feira itinerante trabalha desde 2011 com desapegos e brechós, espaço para debates, trocas de informações e serviços relacionados à sustentabilidade. Recentemente, o Brick também virou escola.

O projeto de escola surgiu em 2022 para ajudar pequenos e médios empreendedores da moda circular, sustentável e autoral, trazendo cursos, oficinas, palestras e workshops acessíveis e práticos sobre diversos temas relacionados ao empreendedorismo de moda. A escola já realizou cinco cursos, onde mais de 70 mulheres puderam se capacitar. Até o momento, os encontros foram todos realizados na Casa de Cultura Mario Quintana, em parceria com o RS Criativo.

“A escola surgiu para profissionalizar o segmento de brechós e também ajudar a fazer com que este segmento se sinta pertencente e importante dentro da moda como um todo”, explica Natalia. “Fazia muito tempo que eu sentia falta de cursos, oficinas e workshops focados para nosso segmento. E na pandemia isso ficou muito mais visível. Foi nesse período que o Brick começou a oferecer cursos e mentorias para as empreendedoras do ramo”, conta.

Doze anos de desapegos e ativismo 

O Brick de Desapegos nasceu em 2011 como uma feira de moda circular. A empreendedora conta que a ideia partiu do desapego dela com as próprias roupas, e a primeira edição contou com peças de Natalia e de suas amigas. De lá para cá, mais de 400 feiras foram realizadas, e artistas passaram a apresentar criações próprias no evento. 

A feira foi uma das pioneiras em Porto Alegre e uma das primeiras no Brasil com este formato: brechós, conteúdos e ativismo. De acordo com Natalia, o projeto foi crescendo ano a ano, e a cada edição, centenas de marcas e visitantes começaram a experienciar uma forma de consumo mais consciente. “O Brick hoje não é só uma feira, mas um espaço que oportuniza negócios, geração de renda e educação ligados à sustentabilidade. E a nossa escola chegou para consolidar tudo isso”, afirma.

Cerca de 300 mil pessoas já passaram pelo evento, que além da Capital, já teve edições em cidades como Caxias, Gramado, Canela, São Leopoldo, Canoas e São Paulo. Ao longo destes quase 12 anos, o Brick construiu diversas parcerias com entidades, instituições educacionais e outros projetos como Senac, Sebrae, Virada Sustentável, Unisinos e ESPM. “Para 2024 nossa ideia é relançar o marketplace do Brick e dar muita ênfase na educação, com cursos, palestras e ministrando mentorias”, revela Natalia.


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