Não confunda liberdade com autonomia no empreendedorismo
Lu Brito analisa dilema entre responsabilidade e liberdade sendo dona do próprio negócio
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Empreender é, sem dúvida, um ato de coragem e visão. Para as mulheres, representa não apenas a oportunidade de liderar e inovar, mas também de criar um estilo de vida que reflita suas prioridades. Hoje falamos muito sobre nosso autocuidado, e o tempo com certeza está na lista de prioridades, faz sentido?
Um dos aspectos mais transformadores dentro do empreendedorismo é a liberdade em termos de gestão de tempo e prioridades. Para muitas mulheres, essa autonomia não é apenas um privilégio, mas uma necessidade que molda a forma como conciliar vida profissional e pessoal.
Empreender significa ter o controle e autonomia do próprio horário, adaptando às suas metas e responsabilidades. Imagine uma mãe que pode planejar reuniões importantes ao redor dos horários escolares dos filhos ou um jovem profissional que decide dedicar as manhãs ao seu bem-estar e as tardes ao trabalho, ou até mesmo a noite, quando a cidade e as pessoas estão mais silenciosas.
Essa liberdade não é apenas uma questão de conveniência, é um elemento chave para criar equilíbrio, reduzir a pressão e, muitas vezes, aumentar a produtividade.
Além disso, a gestão de agenda oferece algo que muitas carreiras tradicionais não permitem: a possibilidade de alinhar valores pessoais e profissionais. Quando as mulheres constroem negócios alinhados com seus propósitos, conseguem integrar de forma fluida trabalho e vida, deixando para trás o antigo conceito tradicional de separação entre os dois papéis.
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No entanto, isso também vem com desafios. Ser dona do próprio tempo exige disciplina, planejamento e uma boa dose de organização. É importante reforçar essa tal “liberdade” que atrai tantas pessoas para esse movimento.
Mas a boa notícia é que com ferramentas acessíveis e uma rotina organizada, é possível transformar essa autonomia em um verdadeiro caminho para conquistas pessoais e profissionais. Que cada uma de nós possamos encontrar no empreendedorismo uma forma de crescer, realizar sonhos e, principalmente, viver no ritmo que escolhemos.
Um abraço e até a próxima coluna.
Lu Brito é mãe, empreendedora há mais de nove anos e CEO do espaço kids Gurizada Faceira. Atua como gestora de projetos e comunidade no ecossistema de inovação, gestora de projetos na B2Mamy e mentora de startups. Também é líder de inovação e articulação na Odabá - Associação de Afroempreendedores do RS.