Maternidade após os 40 anos aumenta no Brasil

Maternidade após os 40 anos aumenta no Brasil

Número de nascimentos a partir de mães acima de 40 anos passou de 90,9 mil para 106,1 mil entre 2018 e 2022, segundo IBGE

Correio do Povo

Pesquisa também apontou aumento na maternidade no grupo de mulheres entre 30 e 39 anos

publicidade

O Brasil registrou aumento na maternidade de mulheres com idade entre 40 e 49 anos, de acordo com uma pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira. O número de nascidos vivos a partir de mães nessa faixa etária cresceu de forma significativa entre 2018 e 2022, passando de 90,9 mil nascimentos para 106,1 mil. Essa tendência também foi observada no grupo de mães entre 30 e 39 anos, passando de 734,5 mil para 879,5 mil nascimentos no período.

A postergação da decisão de ter filhos para idades mais avançadas alinha-se à tendência de aumento da participação da população feminina no mercado de trabalho e ao aumento da escolarização.

A pesquisa também mostrou que a prevalência contraceptiva entre mulheres reduziu de 82,6%, em 2013, para 79,7%, em 2019. Além disso, as maiores retrações ocorreram entre as mulheres brancas e no Sul do país.

Também houve decréscimo do número de mulheres com pelo menos uma consulta de pré-natal, de 96,4% para 95,0% (entre as brancas, de 97,9% para 95,5%). Isso significa que, em 2019, 5,0% das mulheres grávidas não realizaram nenhuma consulta de pré-natal. A estatística de pelo menos quatro consultas aponta menor declínio entre as pretas ou pardas, porém, a necessidade de se ampliar o atendimento para 8,7% das mulheres desse grupo.

O levantamento também aponta que 84,2% das mulheres de 18 a 49 anos de idade que tiveram o último parto entre 28.07.2017 e 27.07.2019 realizaram ao menos seis consultas de pré-natal, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Veja Também

Mortalidade materna

A mortalidade materna voltou a cair em 2022, depois de subir além da meta das Nações Unidas (70 mortes por 100 mil nascidos vivos) em 2020 e 2021, devido à pandemia de covid-19, segundo a pesquisa.

Em 2022, foram registradas 57,7 mortes por 100 mil nascimentos, quase a mesma taxa de 2019 (57,9). Em 2020 e 2021, as taxas haviam ficado em 74,7 e 117,4.

Na comparação internacional entre 2019 e 2020, a razão de mortalidade materna no Brasil (57,9 e 74,7 por 100 mil nascidos vivos) foi menor que na América do Sul (73,2 e 86,5 por 100 mil) e na América Latina (78,3 e 87,6 por 100 mil), porém maior que no México (58,0 e 59,1 por 100 mil) e na Argentina (32,6 e 44,9 por 100 mil). Ao avaliar o impacto da pandemia de Covid-19, notam-se que os maiores aumentos da razão de mortalidade materna ocorreram no Brasil e na Argentina (28,9%

e 37,7%, respectivamente), ressaltando-se a discrepância de nível entre esses países em 2020 (74,7 e 44,9 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos, respectivamente).


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895