Pesquisa aponta crescimento do mercado de higiene e beleza nas classes C, D e E
Estudo revela que essas classes compraram mais itens de beleza nos últimos 10 anos no país; intenção de compra ainda em 2024 chega a 82%
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Higiene e beleza está entre as categorias de consumo que mais crescem no país. Entre os consumidores das classes C, D e E, 56% passou a comprar mais nos últimos dez anos e 41% afirmam que pretendem consumir ainda mais.
Os dados são da pesquisa “Mercado da maioria - Como a força da população de baixa renda está transformando o setor de varejo e consumo no Brasil”, realizada pela PwC Brasil e pelo Instituto Locomotiva. O segmento de Higiene e Beleza é o segundo índice mais elevado entre as 13 categorias pesquisadas.
Estimado em um mercado em potencial de mais de 91 milhões de consumidores, o segmento também é o segundo mais elevado entre os que pretendem consumir nos próximos dez anos.
Esta também é a categoria que o mercado da maioria mais associa a questões sociais, ambientais e de transparência. Para 49% dos consumidores, a escolha da marca está relacionada a causas ambientais, 42% relacionam a causas sociais e 43% à causas de diversidade.
Os dados demonstram que os consumidores das classes C, D e E estão dispostos a evitar marcas que não estão alinhadas com os temas socioambientais, e que eles têm expectativas elevadas em relação a empresas de higiene e beleza quando se trata destes fatores.
Exemplo disso é que 31% dos participantes da pesquisa deixariam de comprar de marcas de higiene e beleza por atitudes preconceituosas ou falta de responsabilidade ambiental.
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Para Giancarlo Chiapinotto, sócio da PwC Brasil, as empresas voltadas para esse mercado devem atentar a alguns pontos para atender às necessidades e aos desejos das classes C, D e E.
“Além de investir em sustentabilidade e responsabilidade social, as varejistas precisam buscar construir estratégias para atender o consumidor do mercado da maioria, como estudar novos tipos de produtos e cadeias de distribuição e rever precificação e políticas de crédito”, salienta.
Quando o assunto é canais de compra, o levantamento revela que cerca de 67% dos consumidores das classes C, D e E preferem os canais de compra físicos para os produtos.
Dividido entre as classes C, D e E, o mercado da maioria representa 76% da população brasileira e responde por quase metade do consumo do país. A pesquisa foi realizada com mais de 2,3 mil pessoas e contou ainda com entrevistas por vídeo com lideranças de grandes empresas do setor de varejo e consumo.