Super-heroínas da Prada desfilam na Semana da Moda de Milão

Super-heroínas da Prada desfilam na Semana da Moda de Milão

Desfile da Prada é um dos mais esperados da semana e faz parte da história da grife como marca de culto e uma das mais desejadas do setor

AFP

Prada apresentou na Semana de Moda de Milão sua interpretação da mulher burguesa com ar de super-heroína

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A Prada apresentou, nesta quinta-feira (19), na Semana de Moda de Milão, sua interpretação da mulher burguesa com ar de super-heroína, em meio ao aumento das vendas em um setor letárgico.

Miuccia Prada e Raf Simons apresentaram 45 looks de sua coleção feminina Primavera/Verão 2025, que oferecem "uma visão diferente e singular de ser Prada", baseada na exploração de "todas as nossas referências, do vintage às nossas peças-chave, misturando o passado, o presente, o cool, o sexy, o sério", explicaram após o desfile.

"O resultado, são as possibilidades de que cada um encontre sua própria forma de ser um super-herói, no qual cada um pode definir sua própria força", resumiram os diretores criativos nos bastidores.

Desfilaram pela passarela saias lápis na altura dos joelhos adornadas com arreios e mosquetões, um vestido de penas combinado com um anoraque laranja, meia-calça com cinto ou cintos estampados nas calças.

O desfile da Prada é um dos mais esperados da semana e faz parte da história da grife como marca de culto e uma das mais desejadas do setor.

Atualmente, a marca milanesa ocupa o terceiro lugar na lista de "hottest brands" do site especializado Lyst, que publica este ranking anual (divulgado em julho deste ano), atrás de Miu Miu e Loewe.

Por que a Prada, fundada em 1913, ainda está no topo? "A força da Prada é que sempre foi fiel ao seu DNA, criando um verdadeiro culto, mas mantendo a discrição", analisa Antonio Bandini Conti, designer consultor e coordenador do Mestrado de Alta Costura do Instituto Europeu de Design de Milão.

Miuccia Prada, diretora criativa da marca desde 1978 — que atualmente trabalha em parceria com Raf Simons — "interessou-se pelo guarda-roupa da mulher burguesa (...), começou a desconstruí-lo, a desestruturá-lo", mas sempre "mantendo proporções incríveis e um gosto refinado", acrescenta Bandini.

Desta forma, "construiu uma identidade distintiva e uma clientela fiel", conclui.

Os resultados financeiros comprovam isto. A Prada registrou um aumento de 6% nas vendas no primeiro semestre do ano, enquanto a Miu Miu, que desfilará em Paris na próxima semana, viu suas vendas dispararem mais de 90%.

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