“Dieta do ovo” realmente emagrece? Entenda os riscos da nova moda entre as influenciadoras

Nutricionista alerta para os perigos da dieta restritiva e destaca a importância do equilíbrio alimentar

Dietas extremas podem causar desequilíbrios nutricionais significativos
Dietas extremas podem causar desequilíbrios nutricionais significativos Foto : Freepik

A dieta baseada no consumo de claras de ovo, popularizada recentemente por influenciadoras digitais, vem despertando a curiosidade e causando debates nas redes sociais. Apesar de ser vista por muitos como uma estratégia para emagrecer, especialistas alertam que restrições alimentares desse tipo podem trazer sérios riscos à saúde, especialmente quando não há acompanhamento profissional adequado.

A nutricionista Jussara Pessôa, coordenadora de Nutrição do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, enfatiza que dietas extremas, como consumir grandes quantidades de ovos e evitar outros grupos alimentares, podem causar desequilíbrios nutricionais significativos.

“Uma dieta saudável deve incluir uma variedade de alimentos que forneçam os nutrientes necessários para o funcionamento do corpo. Focar em apenas um alimento pode levar à desnutrição, afetando não apenas a saúde física, mas também a mental”, explica.

O tema ganhou destaque recentemente, após a empresária e influenciadora Virginia Fonseca revelar que consome cerca de 20 ovos por dia em sua dieta. Apesar de chamar atenção, o hábito levantou questionamentos sobre os impactos dessa prática para a saúde e sua eficácia como estratégia de emagrecimento.

Segundo Jussara, é comum que os adeptos dessa dieta removam as gemas dos ovos por serem mais calóricas devido ao teor de gordura. “O objetivo é reduzir o consumo calórico, o que, a curto prazo, pode levar à perda de peso. No entanto, essa abordagem restritiva geralmente não é sustentável e pode desencadear compulsão alimentar e o conhecido efeito sanfona”, alerta a nutricionista.

Além disso, consumir apenas claras de ovos pode causar deficiências importantes no organismo. “Nosso cérebro, por exemplo, precisa de glicose, proveniente de carboidratos, para funcionar adequadamente. Sem isso, a pessoa pode se sentir desanimada, sem energia e até apresentar alterações no sono e na concentração”, explica.

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Para quem busca emagrecer ou ganhar massa muscular de forma saudável, a recomendação é diversificar as fontes de proteínas, como peixes, carnes magras, frango e laticínios, além de incluir carboidratos, gorduras saudáveis e fibras em todas as refeições.

“Uma alimentação equilibrada, ajustada às necessidades individuais, é sempre a melhor escolha para manter a saúde e alcançar resultados duradouros”, conclui Jussara.

Outros aliados para manter a dieta e alcançar o nível diário de vitaminas e proteínas necessárias são os suplementos alimentares.

Segundo a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein, “é fundamental identificar qual é a real necessidade do organismo, e sempre que possível, buscar ajustar essa carência por meio de uma alimentação equilibrada. Apenas em casos em que a dieta não é suficiente para corrigir o problema a suplementação deve ser considerada, mas sempre sob orientação médica ou nutricional”. Saiba mais sobre os benefícios dos suplementos neste link.