Zélia Duncan: "Esperamos fazer a festa, nos emocionarmos com os gaúchos"

Zélia Duncan: "Esperamos fazer a festa, nos emocionarmos com os gaúchos"

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Cantora participa de mais uma edição do Prêmio da Música Brasileira. Foto: Gal Oppido / CP Memória Cantora participa de mais uma edição do Prêmio da Música Brasileira. Foto: Gal Oppido / CP Memória


A 26ª edição do Prêmio da Música Brasileira celebrou os 50 anos de carreira de Maria Bethânia em noite histórica no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em junho deste ano, quando se cantou o repertório da intérprete em show repleto de convidados especiais. Pelo quinto ano consecutivo, a apresentação não ficará restrita àquele momento. O Prêmio da Música Brasileira está em turnê por quatro cidades (Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Recife). A estreia acontece neste domingo, às 20h, no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), na Capital, com a presença de Arlindo Cruz, Chico César, João Bosco, Maria Bethânia, Zélia Duncan e Camila Pitanga. Os ingressos para a apresentação já estão esgotados. O roteiro, idealizado por José Maurício Machline, inclui somente canções eternizadas na voz da intérprete baiana, como "Rosa dos Ventos", "Reconvexo", "Negue" e "Vida". Em entrevista ao Diálogos, Zélia Duncan fala do projeto, do show e do disco novo.

Correio do Povo: Para aqueles que ainda não assistiram ao vivo, você pode nos explicar como é o roteiro e qual a significação desta turnê?

Zélia Ducan: Já faz seis anos que o Prêmio, após a cerimônia tradicional no Theatro Municipal do Rio, leva o show, que tem como tema o homenageado do ano, com um elenco sempre especial. Este ano, estreando a parceria com o Banco do Brasil, o formato muda um pouco, bem como as cidades agraciadas, mas com o mesmo espírito, retratar a obra do homenageado. E é um privilégio para todos termos a homenageada deste ano, Maria Bethânia, presente.

CP: O Rio Grande do Sul tem uma devoção à Bethânia e costuma receber bem a maioria destes convidados, pois temos gostos musicais ecléticos. O que vocês esperam do público gaúcho nesta apresentação?

Zélia Ducan: Ora, diante do que você mesmo disse, esperamos fazer a festa, nos emocionarmos junto com essa plateia desse lugar que eu particularmente amo, que é o Araújo Vianna. Lugar cheio de histórias lindas. Que possamos no dia 8, fazer parte dela.

CP: Algum gaúcho a ser lembrado neste show (lembro que Gal e Adriana Calcanhotto cantaram Lupi recentemente)?

Zélia Ducan: Vamos cantar o repertório de Maria Bethânia, ela é o centro das canções.

CP: Fale-nos também sobre esta sua relação intensa com o Prêmio da Música Brasileira.

Zélia Ducan: Tive a sorte de apresentar o Prêmio em duas ocasiões, uma com Luana Piovani e outra com Adriana Calcanhotto. Foi interessante, novo, uma aventura e tanto. Porém, mais aventuras me aguardavam e, graças à confiança de Zé Maurício, tive o privilégio em 2014 e 2015, de escrever o roteiro da cerimônia, o que me fez mergulhar ainda mais neste evento tão importante para todos nós, que lutamos por um espaço digno pra viver do nosso ofício. O Prêmio se esforça em mapear os caminhos, revelar o novo e prestigiar o que já existe. Eu tenho feito parte dessa equipe e me orgulho muito disso.

CP: Você esteve em Porto Alegre no "Em Cena" cantando músicas do Itamar Assumpção. Qual o seu projeto atual ou algum projeto futuro?

Zélia Ducan: Amei estar aí com meu Itamar, voltamos muito emocionados. O disco novo "Antes do Mundo Acabar" saiu há duas semanas, tá quentinho. Turnê, só no ano que vem.

CP: Para finalizar, você pode destacar alguma revelação da música brasileira que está pedindo passagem e que ainda não é tão conhecida no Brasil inteiro?

Zélia Ducan: São muitos, vou citar Dani Black, além de guitarrista excepcional, compõe e canta lindamente.

Por Luiz Gonzaga Lopes


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