“Projeto Olímpico” sonha em manter a memória do Velho Casarão do Grêmio; veja fotos exclusivas

“Projeto Olímpico” sonha em manter a memória do Velho Casarão do Grêmio; veja fotos exclusivas

Foi apresentado nesta semana um projeto para transformar o Olímpico em uma área comercial e residencial

Hiltor Mombach

Foi apresentado nesta semana um projeto para transformar o Olímpico em uma área comercial e residencial

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Foi apresentado nesta semana um projeto para transformar o Olímpico em uma área comercial e residencial. O projeto tem nome: “a Arena é nossa e o Olímpico também”. Poderia se chamar a Arena é nossa e o Olímpico de todos.

Trata-se de uma iniciativa do arquiteto José Barros de Lima e Remi Acordi e que envolve mais pessoas. O Olímpico é de todos porque o projeto contempla a manutenção de setores que lembram o Velho Casarão e porque templos do futebol não têm dono, pertencem à história.

O projeto é um sonho de perpetuar a memória do Olímpico, estádio onde o Grêmio viveu suas maiores glórias. O Olímpico deixou de ser utilizado pelo Grêmio em 2012, quando o clube inaugurou sua nova arena esportiva. O local está abandonado.

| Foto: José Barros de Lima / Arquivo pessoal | Foto: José Barros de Lima e Remi Acordi / Divulgação / CP | Foto: José Barros de Lima / Arquivo pessoal | Foto: José Barros de Lima / Arquivo pessoal

Viabilização

Viabilizar o projeto são outros quinhentos. Tratando sobre a Arena, Fábio Koff escreveu no livro “Fábio André Koff-Memórias" sobre os muitos envolvidos: "Grêmio, OAS, Santander, Banco do Brasil e Banrisul, que são os repassadores; Bradesco, que deu uma carta-fiança para honrar os pagamentos da OAS; BNDES, que repassou o dinheiro desse empréstimo; e Caixa Econômica Federal, que no passado pagou 300 milhões de reais à OAS para entrar em todo o projeto. A Caixa comprara 80% das ações da Karagounis, que pertencia à OAS, isso em 2009."

Entrelaçados

Arena e Olímpico estão entrelaçados. Não aconteceu a chamada troca de chaves entre Olímpico (Grêmio) e Arena (OAS). Fábio Koff não aceitou a troca enquanto a Arena não estivesse desonerada. A superfície da Arena foi dada como garantia pela construtora para a obtenção do financiamento, ficou alienada. O terreno do Olímpico é do Grêmio, mas advogados garantem que assim que a OAS desonerar a Arena fica de dona do Olímpico e quer a área para ela, OAS, construir.

De quem conhece o assunto: "O verdadeiro motivo da recusa da troca de chaves foi que o contrato estipulava a transmissão do domínio (propriedade) do imóvel da Arena e da superfície livres e desembaraçadas de ônus. E estavam gravadas de alienação fiduciária em favor dos financiadores. A questão do entorno ainda não estava em pauta. A questão do entorno surgiu porque o MPRS impugnou a assunção pelo município de POA a obrigação das obras desobrigando o empreendedor."

Como reunir todos os interessados é outro problema. A OAS, hoje Metha, não tem nenhum interesse em resolver a questão. Há quem aposte até que o Grêmio terá problemas em receber a gestão da Arena em 2032 e, se receber, o estádio poderá estar sucateado.


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