O segundo encalheiramento do PT
publicidade
Tem gente que adora se acanalhar para sair da rotina.
Moças das alta famílias da Zona Sul do Rio de Janeiro que vão aos bailes funk dos subúrbios cariocas fazem-no pelas delícias de se acanalhar um pouco.
Acanalhar-se pode ter um sentido imoral e ilegal, mas também pode ser simplesmente o gosto por sair do trilho da moral da tribo.
O PT gosta de encalheirar-se.
É mais grave do que se acanalhar na "imoralidade" da boquinha da garrafa.
É a segunda vez que o PT se encalheira até o talo.
Atoladinho.
Na primeira, quando Renan Calheiros foi julgado pelo Senado, seis petistas abstiveram-se e assim salvaram o mandato e os direitos políticos do coronel alagoano que pagava os gastos da sua rolinha com dinheiro alheio.
Desta vez, o PT se encalheirou um pouco mais e elegeu Renan presidente do senado, devolvendo-o ao poleiro de onde cantará novamente de galo.
Há certamente algo simbólico nessa atitude petista.
Parece ser uma metáfora do partido no poder.
Para governar, é preciso encalheirar-se.
Ao menos, como todos sabem, esse tem sido o método petista.
Método praticado antes pela ARENA/PFL/Dem/PP e PSDB e demais.
O PMDB é o partido do encalheiramento por natureza.
Encalheirar-se: atolar-se até o talo no jogo do poder pelo poder.
É de poder!