Os generais em seus labirintos

Os generais em seus labirintos

Militares foram engolidos por Bolsonaro

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O Brasil de Jair Bolsonaro navega em águas turvas.

O STF levanta-se contra os abusos do presidente da República.

Os militares foram apresentados como tutores do governo.

Aos poucos, sumiram do radar. Já não são a voz mais moderada de um regime descontrado. São somente a voz que se perdeu nos labirintos do poder.

O general Mourão já não dá declarações retumbantes.

O general Heleno, quando fala, poderia ter ficado em silêncio. Segundo ele, se os dados sobre desmatamento da Amazônia foram corretos, melhor não alardear.

Os generais brasileiros sumiram nos labirintos do bolsonarismo.

O capitão botou os generais nos tamancos.

Enquanto isso, o procurador Deltan Dallagnol palestra.

A sua voz, porém, é mais ouvida nas revelações do Intercept.

Ele queria fuçar a vida do ministro Toffoli.

Mexeu com os brios dos integrantes da Suprema Corte.

Talvez perca o posto de chefe da Lava Jato.

Já há quem peça um lugar para ele numa cela.

E não é apenas algum petista ressentido.

Bolsonaro botou adeptos da ditadura na comissão que investiga os crimes da ditadura. É uma forma original de entregar o galinheiro para as raposas.

O Brasil superou-se. O jurista Miguel Reale Jr., que pediu o impeachment de Dilma Rousseff, agora pede a internação de Bolsonaro. Segundo ele, no Esfera Pública, na Rádio Guaíba, o presidente não é um caso de impeachment, mas de interdição.


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