Haddad x deputados

Haddad x deputados

Debates em comissões técnicas na Câmara dos Deputados quando se defrontam membros do governo e deputados oposicionistas sempre serão acalorados, como ocorreu recentemente com a ministra Marina Silva quando, sentindo-se ofendida, retirou-se da sessão da Comissão de Infraestrutura no Senado que discutia a proteção ambiental da Amazônia.

Correio do Povo

publicidade

O tumulto verbal acorrido na quarta-feira passada entre o ministro Fernando Haddad e os dois deputados da oposição, Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL/RJ), não teria ocorrido se o ministro não tivesse provocado os dois parlamentares, classificando o comportamento deles como “molecagem”. A resposta de Carlos Jordy foi dura e incisiva: “Quero te dizer, ministro, que o moleque é você, por ter aceitado um cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de economia”. Debates em comissões técnicas na Câmara dos Deputados quando se defrontam membros do governo e deputados oposicionistas sempre serão acalorados, como ocorreu recentemente com a ministra Marina Silva quando, sentindo-se ofendida, retirou-se da sessão da Comissão de Infraestrutura no Senado que discutia a proteção ambiental da Amazônia. Para Fernando Haddad, a “molecagem” dos dois deputados ocorreu quando ambos saíram da sessão e não esperaram por suas respostas ao questionamento deles. O ministro da Fazenda não é neófito em debates e sabe que Nicolas e Jordy apenas se valeram de surradas técnicas oposicionistas de provocação, muito utilizadas pelo PT (e puxadinhos) quando estava na mesma situação interrogando ministros de Bolsonaro. A presença de Haddad não rendeu nada em termos de esclarecimento de sua atuação no Ministério da Fazenda, mas as redes sociais ficaram inundadas de “molecagens” de todos os lados.

Passando o pano

Todas as expressões antirregimentais trocadas entre Fernando Haddad e Nicolas Ferreira e Carlos Jordy foram retiradas dos apontamentos taquigráficos por determinação do presidente da audiência, deputado Rogério Correia (PT/MG).

Cristina Kirchner na cadeia

Seis anos de prisão foi a decisão final da Suprema Corte Argentina contra a ex-presidente Cristina Kirchner, acusada de administração fraudulenta e de chefiar uma organização criminosa, causando um prejuízo de US$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Fantoches

Para Cristina Kirchner, os juízes da Suprema Corte que confirmaram sua condenação são “fantoches que respondem a líderes naturais muito acima deles”. Só não disse quem são os tais líderes naturais.

Provocação para Lula

O deputado federal General Girão (PL-RN) fez uma provocação para Lula. Depois do resgate da ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, feito pela FAB – logo apelidada de “Uber de bandido” pela oposição – Girão ironizou dizendo que Lula já deve ter jatinho pronto para resgatar Cristina Kirchner.

Pau no Chico e no Francisco (1)

Deputados bolsonaristas seguidamente são acusados de campanha difamatória contra o governo e até contra o STF fora do Brasil. Pois não é que parlamentares da oposição a Lula divulgaram que partidos de esquerda fizeram 32 viagens ao exterior para denunciar arbitrariedades do Poder Judiciário.

Pau no Chico e no Francisco (2)

O périplo da esquerda fora do Brasil ocorreu durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff e dos processos e prisão de Lula quando foi condenado pela Lava Jato. Até Cristiano Zanin, à época advogado de Lula, foi a Genebra pedir que Lula fosse julgado por um órgão independente. A informação é do colunista de Brasília, Leandro Mazzini.

Janja por Van Hattem

Durante o depoimento de Fernando Haddad que falava sobre o ajuste fiscal que o governo vem fazendo, o deputado Marcel Van Hattem (PL-RS) fez a seguinte pergunta: “E os gastos da Janja, senhor ministro? O senhor chegou a sugerir para esposa do Lula que gaste menos? Para pelo menos parecer que o senhor está fazendo algum tipo de ajuste? Porque é um absurdo. Ela vai pro exterior, os melhores hotéis, compra os sofás mais caros pro Alvorada, faz um esbanjamento de dinheiro público, e Vossa Excelência tentando passar pro mercado que tá tratando de ajuste fiscal.”


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895