A vaga aberta pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, no STF, não era esperada para agora, mas como “se aposentar” é um ato unilateral de vontade, o fato real é que o presidente Lula precisa indicar alguém para aquele importante cargo do topo da cadeia administrativa nacional. Diferentemente das duas últimas indicações de Lula para o STF – Cristiano Zanin e Flávio Dino – cujas aprovações pelo Senado foram tranquilas, hoje ainda não há unanimidade para o candidato preferido pelo Planalto, Jorge Messias, atual titular da CGU. Um grupo de senadores prefere o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente da Casa e com um trânsito tranquilo entre seus colegas. O argumento do grupo é que Pacheco é um político tarimbado e, se chegar ao STF, será uma poderosa ligação do Congresso com a Corte Suprema, cujas relações já foram melhores. Todos do mesmo grupo fazem questão de dizer que não há nada contra Jorge Messias, mas a favor de Pacheco e os mais favoráveis chegam a ver algum risco de rejeição ao nome do chefe da CGU, dependendo da forma como o caso será encaminhado ao Senado. O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP) é o principal cabo eleitoral de Rodrigo Pacheco e até já teria dito isso ao presidente Lula que teria respondido que Pacheco tem uma missão: ser o próximo governador de Minas Gerais. Até na Oposição, Rodrigo Pacheco tem preferência, e o motivo faz sentido. Os senadores oposicionistas não querem “mais um Dino no STF”, como disse um deles, Eduardo Girão (Novo-CE): “Temos que acabar com o pessoalismo dentro do STF. Já escolhemos Dino, ex-ministro de Lula e Cristiano Zanin, advogado pessoal do presidente Lula”. Se Lula, informado de alguma contrariedade a Jorge Messias e mesmo assim indicá-lo para o STF é porque tem certeza de aprovação no Senado. Rodrigo Pacheco vai ficar muito triste em ter de trocar uma tranquila e permanente cadeira no STF, por uma duvidosa disputa eleitoral em Minas Gerais.
Cabo eleitoral de Messias
O maior defensor de Jorge Messias para aprová-lo no Senado é o líder do Governo, Jaques Wagner (PT-BA). Messias tem amizade pessoal com Wagner, pois foi seu chefe de gabinete no Senado.
Cabo eleitoral de Pacheco
Assim como Messias conta com o apoio de Jaques Wagner, Rodrigo Pacheco tem no atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre o seu poderoso cabo eleitoral. Alcolumbre exerce uma forte influência no chamado baixo clero do Senado que vota com ele de olhos fechados.
Sanções contra ministros
O ex-embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon (2009-2013), acredita que as relações americanas com o Brasil ficaram menos tensas após o encontro Trump-Lula, mas as sanções contra os ministros do STF dificilmente serão modificadas.
Déficit das estatais
Com a exceção do Banco do Brasil e dos bancos públicos, as empresas estatais sob o governo Lula 3 acumularam um déficit primário de R$ 18,5 bilhões. Déficit primário é quando uma empresa gasta mais do que arrecada. E isto tem uma simples definição: má gestão.
Correios, um caso sério
“Os Correios são um caso impressionante. Um estudo de caso, tamanho o descalabro que aconteceu. São as escolhas de administração, de gastar em propaganda, de gastar em pessoal, de gastar em obras que não lhe dizem respeito.” Opinião da economista Elena Landau, ex-diretora de privatizações do BNDES.
Paulo Pimenta
Se depender de uma corrente poderosa dentro do PT gaúcho, o deputado federal Paulo Pimenta terá fôlego até para disputar o Piratini. Nada contra Edegar Pretto, mas há um entendimento que Pimenta será um adversário temido pela direita, especialmente nos debates na tevê e no rádio.
História e música em Viamão
Coordenado pelo jornalista José Barrionuevo, o projeto Viamão, História e Música colocará em 2026 a Velha Capital num novo patamar literário e cultural, ao mesmo tempo que angaria recursos para a restauração da Igreja-Fortaleza, onde foi gestada a Revolução Farroupilha.
Três livros no Prelo
Serão lançados três livros e realizados três concertos na Igreja de quase três séculos com participação de orquestras convidadas e locais. Isso numa cidade em que a musicalidade teve origem no maestro Mendanha, autor do Hino-Rio-grandense, que teria formado em Viamão a primeira orquestra do RS. Não é por acaso que hoje é o município do Brasil com maior número de bandas escolares (45).
