Assembleia pode acabar lavando as mãos sobre atuação de empresas de energia no RS

Assembleia pode acabar lavando as mãos sobre atuação de empresas de energia no RS

Sem assinaturas necessárias para abrir tanto uma CPI quanto uma comissão especial, assunto ganhará destaque na Câmara da Capital

Taline Oppitz

Atuação das empresas fornecedoras de energia envolve diretamente toda a população gaúcha

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O presidente da CEEE Equatorial, Riberto Barbarena, confirmou, nesta segunda-feira, a presença na reunião da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular da Assembleia Legislativa. O encontro, que tratará do plano de contingência e dos mutirões da CEEE Equatorial, acontecerá na quarta-feira, a partir das 9h.

Deputados da oposição à esquerda são maioria na comissão e irão fardados para pressionar o comando da companhia na tentativa, também, de manter a mobilização e a pauta sob os holofotes. A participação de Barbarena ocorre em meio às articulações para tentar viabilizar a CPI da CEEE Equatorial e RGE na Casa. Até aqui, Miguel Rossetto (PT), autor do pedido, conseguiu 18 das 19 assinaturas necessárias para tirar a CPI do papel.

Simultaneamente, ala de parlamentares da base aliada do governo tenta criar uma comissão especial para tratar do tema. A estratégia visa minimizar danos, especialmente em função da recente privatização da CEEE. A iniciativa, de autoria de Edivilson Brum (MDB), no entanto, também enfrenta dificuldades. Neste caso, são necessárias 37 assinaturas, mas até agora, apenas 34 foram conquistadas. Considerando o mapa desenhado nos bastidores, tanto a CPI como a comissão especial correm risco concreto de não se tornarem realidade.

Confirmado o cenário, o Legislativo gaúcho lavará as mãos em relação a um problema e a preocupação que atingem diretamente a população gaúcha e deixará o protagonismo para a atuação, limitada, da Câmara de Porto Alegre, que instalará a CPI da CEEE Equatorial na quinta-feira. Em tempo: partidos que não apoiam a CPI na Assembleia, assinaram a da Câmara da Capital.

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Quinze reuniões em um ano e dois meses

Se audiências públicas e reuniões fossem suficientes para resolver os problemas envolvendo a atuação das empresas de energia no Rio Grande do Sul, a situação seria distinta. Na Assembleia, em 2023, foram realizados 13 encontros sobre o tema. Neste ano, já foram dois, sem contabilizar a reunião da próxima quarta-feira.

Bolzan defende CPI, mas bancada do PDT, não

Presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Júnior acredita que a CPI é o melhor caminho a ser adotado na Assembleia no caso das companhias de energia. Bolzan destacou, porém, que será respeitada a posição da bancada na Casa, que apoia a criação da comissão especial.

A executiva trabalhista irá se reunir, em data ainda não definida, para tirar posição institucional sobre o tema. “Acredito que a CPI é a melhor ferramenta, mas os deputados estão convencidos de que a comissão especial é caminho acertado. Mais adiante, iremos tirar uma posição do partido”, disse Bolzan à coluna.


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