Balanços de 100 dias de Lula e Leite são frustrantes

Balanços de 100 dias de Lula e Leite são frustrantes

Tanto presidente quanto governador entregaram pouco resultado práticos nos primeiros meses de gestão

Taline Oppitz

Lula e Leite apresentaram nesta segunda o balanço dos 100 dias de governo e os novos "slogans" de gestão

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No balanço de 100 dias de seu terceiro mandato no comando do Planalto, o presidente Lula afirmou que o pessimismo não pode nortear o governo. “É importante que essa gente fale, para a gente fazer diferente do que eles querem que a gente faça”, disse Lula, sem mencionar diretamente adversários ou seu antecessor, Jair Bolsonaro. Lula aproveitou ainda para defender o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e para criticar, mais uma vez, a taxa de juros.

Na prática, até aqui, passados mais de três meses de governo, Lula não aprovou um único projeto no Congresso. Estão entre as prioridades a nova regra fiscal e a Reforma Tributária, mas o fato é que o petista ainda não construiu apoio suficiente nem mesmo para garantir aval a pautas menos polêmicas.

O slogan da gestão “O Brasil voltou”, além de ser uma cópia da marca usada na administração de Michel Temer, um dos algozes do impeachment de Dilma Rousseff, indica um olhar para o passado e abre margem para a exploração política dos adversários. Os 100 dias foram marcados ainda por declarações desnecessárias e equivocadas do próprio Lula e de ministros, que acabaram gerando crises e desgastes políticos desnecessários.

No RS, Leite mescla mandatos

No Rio Grande do Sul, o balanço do governo Eduardo Leite mesclou ações implementadas em seu primeiro mandato no Piratini. Por aqui, o tucano, que também não conta com margem confortável de aliados na Assembleia, aprovou na última semana seus dois primeiros projetos. O de ampliação do prazo dos concursos públicos em um ano, que não foi marcado por resistências, e o de reajuste de 9,45% do piso do magistério. Apesar de o texto original ter recebido aval dos parlamentares, a matéria, nem de longe, representou teste de fogo para o Executivo, que deverá enfrentar bem mais dificuldades na proposta de recuperação do IPE Saúde.


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