Cerco a Bolsonaro cresce, mas desfecho ainda é imprevisível

Cerco a Bolsonaro cresce, mas desfecho ainda é imprevisível

Recentemente, o ex-presidente está no centro de duas investigações, apesar de ausência de provas mais robustas

Mauren Xavier (interina)

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Pouco mais de oito meses após deixar a presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) tem concentrado a atenção na política nacional. Após tornar-se inelegível por oito anos, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os recentes acontecimentos ampliam o cerco a Bolsonaro.

Apesar da ausência de provas mais robustas, o ex-presidente está no centro de duas investigações, mais recentemente. Uma delas envolve o seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que está preso. Cid seria peça chave nas investigações das vendas de joias e presentes recebidos por Bolsonaro, enquanto presidente da República, que foram comercializados. Cid trocou de defesa e o atual advogado diz que os valores não ficaram com o seu cliente, mas que foram repassados. Esse capítulo conta ainda com o envolvimento direto do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

Outra frente que ganhou mais destaque essa semana foi o possível pedido do ex-presidente ao hacker Walter Delgatti Neto para ele fraudasse as urnas eletrônicas e, se tivesse sucesso, receberia até um indulto. Além disso, Bolsonaro, sua esposa, Michelle, e Cid tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE.

Com a dinâmica política, ainda é incerto o desfecho dos acontecimentos, apesar de, nos bastidores, a possível prisão do ex-presidente ser considerada uma hipótese. Na prática, o momento deve ser de cautela, especialmente para que as “falas” tornem-se “provas”.


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