Como petistas analisam o Ministério de Lula

Como petistas analisam o Ministério de Lula

Presidente eleito anunciou nesta quinta-feira os últimos ministros

Taline Oppitz

Com mulheres, negros e indígenas, ministérios ganham representatividade

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Presidente eleito, Lula encerrou nesta quinta-feira os anúncios sobre os integrantes do primeiro escalão. No total, serão 37 ministérios, 11 deles comandados por mulheres. A complexa equalização, por óbvio, agradou e desagradou integrantes de alas do PT, partido de Lula. Nomes como os de Marina Silva, Sônia Guajajara e Ana Moser foram bem vistos no círculo petista em função da diversidade e da representatividade das futuras ministras nas áreas ambiental, indígena e do esporte.

A escolha do deputado federal e presidente do PT gaúcho, Paulo Pimenta, também foi comemorada. Com a escolha de Pimenta, haverá ampliação na representação de mulheres negras, que será a maior da história na Câmara dos Deputados. Sucederá Pimenta a suplente Reginete Bispo, além das deputadas eleitas Daiana Santos (PCdoB) e Denise Pessôa (PT).

Ex-candidata à presidência, mas com dedicação total à campanha de Lula no segundo turno, a confirmação de Simone Tebet (MDB), classificada por petistas como “da direita liberal”, acabou acatada pelo papel essencial que exerceu na segunda etapa da disputa.

Entre as decisões de Lula que frustraram alas do PT, está a ausência de integrante do PT de Minas Gerais, estado com a segunda maior bancada do partido em Brasília. No total, são 10 deputados, todos ficaram de fora do primeiro escalão. O esquecimento do gaúcho Edegar Pretto também está sendo lamentado. Ele concorreu ao Piratini e por pouco não garantiu vaga no segundo turno. Pretto conta com o apoio de movimentos do campo, como MST, entre outros. A avaliação é a de que o agronegócio terá um representante no Ministério da Agricultura, com Carlos Fávaro, do PSD, e a situação necessariamente precisará ser compensada na composição do governo.

Para o PT, os demais nomes, de partidos como o MDB, o PSD e o União Brasil tiveram de ser incluídos e aceitos, “infelizmente”, para garantir a governabilidade. 


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