Eleições 2022: A poucos dias do segundo turno, cenário é complexo

Eleições 2022: A poucos dias do segundo turno, cenário é complexo

Imbróglios envolvendo a Justiça Eleitoral e embates entre candidatos modelam reta final

Taline Oppitz

Candidatos ao Piratini se reuniram com o presidente do TRE, desembargador Francisco José Moesch

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A poucos dias do segundo turno das eleições, no próximo domingo, a polêmica em torno da disputa foi consideravelmente ampliada, quando já não se acreditava que isto seria possível. O episódio envolvendo a denúncia de que programas de Jair Bolsonaro (PL) não teriam sido veiculados em algumas rádios do Norte e Nordeste, o que teria beneficiado Lula (PT), e a demissão de servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levaram a forte reação visando adiar o segundo turno das eleições.

Lideranças como o senador gaúcho Lasier Martins (Podemos) encabeçam a investida, que não tem chances de avançar, mas que, definitivamente, será explorada após a divulgação dos resultados, dependendo do desfecho das urnas. O TSE sustenta que o servidor foi exonerado por atuar com “motivação política”. O cenário é complexo.

No Rio Grande do Sul, a elevação do tom das críticas entre Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) levou a Justiça Eleitoral do Estado a agir preventivamente. Os dois candidatos foram chamados e se reuniram com o presidente do TRE, desembargador Francisco José Moesch. “Achamos importante fazer isso como uma medida de precaução”, disse, em referência aos rumos que a campanha tem seguido por aqui. Onyx e Leite minimizaram os ataques mútuos, afirmando que as investidas mais acaloradas estão restritas aos debates e que não ganharão às ruas.

Na prática, no entanto, são vários os episódios recentes comprovando que a agressividade não está limitada aos discursos e já contaminaram a campanha na vida real, para além dos debates e dos confrontos travados, por lideranças dos partidos e coligações e seus militantes nas redes sociais. 

TSE: responsabilidade é das coligações

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, não cabe à Corte realizar a fiscalização das veiculações das inserções dos candidatos. A responsabilidade, portanto, é dos partidos e coligações.


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