Fábio Branco busca entendimento, mas não descarta prévias

No segundo dia como presidente titular do MDB gaúcho, o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, sabe que não tem tempo a perder. Segundo ele, a composição da nova executiva estadual será definida até esta quarta-feira. Simultaneamente, Branco já atua para tentar minimizar o racha partidário e viabilizar costura política que permita o consenso em torno de um nome para representar o MDB na disputa ao Piratini. O dirigente reconhece que a tarefa é complexa e não descarta que as prévias, originalmente marcadas para o dia 19 deste mês, que acabaram canceladas, voltem ao cenário. “Vamos dialogar o máximo possível, mas se não houver consenso, as prévias voltarão a ser a alternativa”, reconheceu em entrevista ao programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba.

Seguem no páreo os deputados federal Alceu Moreira e o estadual Gabriel Souza. Branco iniciará ainda uma série de reuniões com dirigentes de outros partidos. A intenção é a de começar a alinhavar alianças na majoritária. Ele reconheceu, no entanto, que sem um pré-candidato definido, a iniciativa será prejudicada. “A falta de um nome prejudica mesmo, mas não podemos ficar esperando”, afirmou. Os partidos prioritários nas conversas, segundo o dirigente, serão o PTB, o recém criado União Brasil e o PSD. O PSDB não foi citado por ora, em função do desembarque do governador Eduardo Leite, que ainda não foi oficializado e que está previsto para março.

Além dos complexos cenários interno e externo, há um desafio extra. Ala da velha guarda do MDB, que historicamente apresentava um nome como candidato, está sem representante. O natural seria José Ivo Sartori, que contaria com consenso, mas não quer concorrer. A alternativa seria Cezar Schirmer, mas há consciência do desgaste do ex-prefeito de Santa Maria devido à tragédia da Boate Kiss. O grupo, portanto, por enquanto, está mais atrapalhando do que ajudando a unificar o MDB.