Governo do RS quer dialogar, mas se PDLs avançarem, reação será na Justiça

Governo do RS quer dialogar, mas se PDLs avançarem, reação será na Justiça

Vice-governador, Gabriel Souza (MDB) diz que os projetos que visam derrubar decretos de cortes em concessões de benefícios fiscais são inconstitucionais

Taline Oppitz

Gabriel Souza criticou Projetos de Decretos Legislativos propostos pela oposição

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A disposição do governador Eduardo Leite (PSDB), em dialogar com setores produtivos os decretos, já publicados, de cortes em concessões de benefícios fiscais, não significa que o Executivo ficará passivo em relação a movimentos que estão ocorrendo em torno da pauta por parte da oposição na Assembleia.

Por ora, duas bancadas de partidos adversários do governo, à direita e à esquerda, protocolaram Projetos de Decretos Legislativos (PDLs) visando derrubar os decretos assinados e publicados no último sábado por Leite. Para terem eficácia na prática, os PDLs precisam passar pelo aval da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia e, posteriormente, pelo plenário da Casa.

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O governo conta com maioria nas duas instâncias. No caso de as iniciativas avançarem, porém, é ponto pacífico no Piratini a adoção de reação imediata no campo jurídico. “Os PDLs são inconstitucionais, pois levariam, também, além da anulação dos cortes, à extinção de todas as concessões concedidas pela mesma ferramenta. Confio na análise da Assembleia e na responsabilidade dos parlamentares, mas, no caso de os projetos avançarem, não há dúvidas, iremos recorrer à Justiça para neutralizá-los”, disse o vice-governador Gabriel Souza, à coluna.

Os decretos do governo de cortes em benefícios fiscais, em função do período de noventena, somente entrarão em vigência em abril de 2024. Até lá, e, inclusive, durante o recesso parlamentar, que terá início nesta sexta-feira, a pauta mobilizará o Legislativo, setores, entidades e o Executivo.

Fazenda é quem pode liberar dados, diz Postal

O conselheiro Alexandre Postal, que deixou a presidência do Tribunal de Contas do Estado no dia 14, afirmou que a liberação das informações relativas às concessões de benefícios fiscais não é responsabilidade da Corte.

“O tribunal recebe os dados para realizar a análise das contas do governo, mas não é sua responsabilidade compartilhar as informações. A secretaria estadual da Fazenda é quem tem os dados e que deve liberá-los, se quiser”, disse.


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