Taline Oppitz

Negociações do PSDB visando 2026 envolvem fusões e federação

Partido estuda formas de sair da crise e retomar protagonismo no cenário nacional

Nas eleições de 2026, partido planeja lançar Eduardo Leite como opção moderada para a presidência
Nas eleições de 2026, partido planeja lançar Eduardo Leite como opção moderada para a presidência Foto : Vitor Rosa / Palácio Piratini / CP

Focado em se viabilizar como alternativa à polarização entre petistas e bolsonaristas na sucessão à presidência da República em 2026, com Eduardo Leite como representante, o PSDB articula cenários que envolvem fusões e a composição de federação com novo parceiro. Formada em maio de 2022, a federação do PSDB com o Cidadania naufragou, mas a fórmula segue no horizonte dos tucanos.

As negociações do PSDB, que conta com 12 deputados federais, em torno de uma fusão com o Podemos, estão em estágio avançado. O partido terá a bancada na Câmara dos Deputados ampliada para 17 parlamentares em função da formação, nesta quinta-feira, de maioria no Supremo, em ação sobre as chamadas sobras eleitorais, que foram consideradas válidas desde as eleições de 2022.

As conversas foram intensificadas ainda com o Republicanos, que tem 44 parlamentares. Apenas nesta semana, já foram realizadas duas reuniões. Os movimentos dos tucanos envolvem também o Solidariedade, que tem cinco deputados federais. Neste caso, no entanto, a parceria seria consumada por meio da formação de federação, após a concretização das fusões que estão sendo negociadas.

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Com 36 anos de fundação, o PSDB tenta sair da crise e retomar o protagonismo nacional ao qual estava acostumado. O partido que por anos protagonizou embates na polarização com o PT nas disputas ao Planalto saiu das últimas eleições gerais, de 2022, quase um nanico.

O primeiro baque significativo aconteceu na disputa de 2018, quando o partido foi a principal vítima do fenômeno Jair Bolsonaro. Na época, o então candidato tucano Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República pelo PSB, conquistou apenas 4,64%, em um desempenho pífio.

De lá para cá, a situação não melhorou. Em 2022, pela primeira vez em sua história, o PSDB abriu mão de candidato próprio ao Planalto para apoiar Simone Tebet (MDB), após rifar João Doria, que havia sido escolhido representante em tumultuadas prévias, disputadas também por Leite.