Taline Oppitz

O desafio da eleição para Câmara de Vereadores: desequilíbrio de recursos e tempo na propaganda

Disputa tende a ser acirrada em Porto Alegre por, entre outros elementos, redução no número de vagas

Disputa de uma vaga na Câmara de Vereadores tradicionalmente são desafiadoras
Disputa de uma vaga na Câmara de Vereadores tradicionalmente são desafiadoras Foto : Fernando Antunes/CMPA

Daqui a 19 dias, a campanha que parece não ter efetivamente começado no Rio Grande do Sul, terminará para boa parte dos majoritários e para todos os proporcionais. Particularmente desafiadoras, as campanhas pelas cadeiras nas câmaras municipais são marcadas por especial incerteza até o veredicto incontestável das urnas, em 6 de outubro.

Além de esquecer facilmente em quem votou, ala do eleitorado deixa a escolha de vereador para os 45 minutos do segundo tempo. Em alguns casos, inclusive, troca de voto rapidamente e com facilidade, sem grandes apegos.

As principais apostas dos partidos acabam ganhando um pouco mais de tempo nos programas eleitorais de rádio e TV, mas inclusive entre estes, a exposição é limitada.

O desequilíbrio envolve ainda os recursos distribuídos pelos comandos partidários. Uma breve conferida nas informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, que neste domingo divulgou a primeira prestação de contas parcial de forma oficial, evidencia o abismo financeiro entre as candidaturas.

Em Porto Alegre, há ainda outros fatores com impacto na disputa proporcional. Entre eles, a redução na nominata de vereadores, que influenciou nas estratégias. Neste ano, partidos e federações podiam lançar no máximo 36 candidatos para o Legislativo. Até 2021, a lei estabelecia teto de 150% do número das vagas, que na Capital representava 56 nomes.

O cenário ficou ainda mais acirrado com a redução de uma cadeira na Câmara, que passará de 36 vereadores para 35 a partir da próxima legislatura.

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Apostas claras

Uma pesquisa rápida nos números disponibilizados pelo TSE, especialmente dos recursos que tiveram como origem os comandos partidários nacionais ou locais, é suficiente para não deixar dúvidas sobre quem são as apostas entre os proporcionais.