O desafio da eleição para Câmara de Vereadores: desequilíbrio de recursos e tempo na propaganda
Disputa tende a ser acirrada em Porto Alegre por, entre outros elementos, redução no número de vagas
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Daqui a 19 dias, a campanha que parece não ter efetivamente começado no Rio Grande do Sul, terminará para boa parte dos majoritários e para todos os proporcionais. Particularmente desafiadoras, as campanhas pelas cadeiras nas câmaras municipais são marcadas por especial incerteza até o veredicto incontestável das urnas, em 6 de outubro.
Além de esquecer facilmente em quem votou, ala do eleitorado deixa a escolha de vereador para os 45 minutos do segundo tempo. Em alguns casos, inclusive, troca de voto rapidamente e com facilidade, sem grandes apegos.
As principais apostas dos partidos acabam ganhando um pouco mais de tempo nos programas eleitorais de rádio e TV, mas inclusive entre estes, a exposição é limitada.
O desequilíbrio envolve ainda os recursos distribuídos pelos comandos partidários. Uma breve conferida nas informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, que neste domingo divulgou a primeira prestação de contas parcial de forma oficial, evidencia o abismo financeiro entre as candidaturas.
Em Porto Alegre, há ainda outros fatores com impacto na disputa proporcional. Entre eles, a redução na nominata de vereadores, que influenciou nas estratégias. Neste ano, partidos e federações podiam lançar no máximo 36 candidatos para o Legislativo. Até 2021, a lei estabelecia teto de 150% do número das vagas, que na Capital representava 56 nomes.
O cenário ficou ainda mais acirrado com a redução de uma cadeira na Câmara, que passará de 36 vereadores para 35 a partir da próxima legislatura.
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Apostas claras
Uma pesquisa rápida nos números disponibilizados pelo TSE, especialmente dos recursos que tiveram como origem os comandos partidários nacionais ou locais, é suficiente para não deixar dúvidas sobre quem são as apostas entre os proporcionais.