O desafio de Eduardo Leite em relação ao IPE Saúde

Após aprovar na Assembleia, nesta semana, o projeto original de reajuste do piso do magistério, de 9,45%, o governo gaúcho se prepara para uma nova e bem mais complexa empreitada no plenário do Legislativo: o projeto de alterações no IPE Saúde.

O governador Eduardo Leite (PSDB) tem em sua mesa cinco alternativas apresentadas pelo grupo de trabalho responsável por analisar o caso e apresentar saídas para o instituto que enfrenta déficit, defasagens de pagamentos e ameaça de descredenciamentos de médicos em massa.

“Tenho maior simpatia por uma delas, mas ainda não posso adiantar mais detalhes”, disse o governador, destacando que a matéria será apresentada nos próximos dias. 

As mudanças devem passar por alterações nas contribuições. Passando pelos segurados que pagam demais, os que pagam menos e ainda os que são atendidos e não contribuem com nenhum valor. O IPE, atualmente, conta com mais de um milhão de segurados. A matéria relativa ao IPE representará, na prática, o maior teste de segundo mandato de Leite no Legislativo até aqui.

Uma das dificuldades enfrentadas pelo governador é a redução considerável em sua base aliada na Assembleia, que de 40 deputados no último mandato, está agora em cerca de 30 parlamentares, podendo ainda ter dissidentes. “Reconheço que o cenário é distinto da minha primeira administração e que foi, inclusive, fruto da forte polarização que vimos nas últimas eleições, mas teremos de lidar com isto”, disse.