Os desafios que 2024 traz a Eduardo Leite

Os desafios que 2024 traz a Eduardo Leite

Comparado ao primeiro ano de sua primeira gestão, em 2019, os desafios e cobranças tenderão a crescer sobre o governador em 2024

Mauren Xavier

Governador Eduardo Leite sofrerá pressões no segundo ano do segundo mandato no Piratini

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Na virada de 2019 para 2020, primeiro ano de sua gestão no Palácio Piratini, Eduardo Leite (PSDB) acumulava vitórias. Havia conseguido na Assembleia Legislativa, com o apoio de ampla base aliada, aprovar um conjunto importante de reformas administrativas e previdenciárias. Desta vez, o saldo do primeiro ano da segunda gestão não foi o mesmo e os desafios e cobranças tenderão a crescer sobre o tucano.

Leite terá que despender atenção e energia para as negociações relacionadas à arrecadação, que era base do projeto que previa o aumento da alíquota modal de 17% para 19,5%, que acabou sendo retirado de pauta, por ausência de votos. O tema, como ele sempre disse, não era agradável. Porém, o desgaste foi interno e externo. Interno porque esse foi um grande teste da sua base aliada e o resultado não foi favorável. E externo porque mobilizou todos os setores da economia, inicialmente protestando contra o projeto e, agora, para derrubar os decretos que alteram os benefícios fiscais, entre outros pontos.

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Pelo que tudo indica, essa novela seguirá até abril, quando efetivamente os textos entrarão em vigor. Nessa discussão, Eduardo Leite foi categórico ao afirmar que não se preocupava com o desgaste político. Mas para ambições políticas maiores. O fator deve ser levado em consideração. Ainda na área econômica, a pauta do Regime de Recuperação Fiscal que parecia ter sido solucionada deverá voltar com força. Além disso, 2024 é ano eleitoral. E esse ingrediente traz novas e importantes nuances ao cardápio. Afinal, Leite deixou a presidência nacional do PSDB, que tenta conquistar protagonismo no Estado.

Porém, essa tarefa está longe de ser fácil. Afinal, há disputas locais que vão colocar aliados no âmbito estadual em lados opostos. Um exemplo é Porto Alegre, onde Sebastião Melo (MDB) segue pronto para disputar a reeleição, e os tucanos analisam lançar candidatura própria. E, entre tantos desafios, 2026 está ali no horizonte.

*Interina


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