Eficiência e charme do VW Polo Highline

Eficiência e charme do VW Polo Highline

Design elegante e objetivo deve enfrentar bem o avançar do tempo

Renato Rossi

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Polo convida o olhar a gostar dele. Ali estão as linhas fluidas de um veículo aerodinâmico. A Volkswagen é criticada pelo seu excessivo “conservadorismo” no design. É melhor definir a marca por produzir com “objetividade estética”, com um bom gosto que enfrenta bem o avançar do tempo. No Polo High line 2023, o design não deixou de ser elegante, mantendo referências das passadas gerações da linha Polo.

A Volkswagen prefere o design evolutivo que foi notável no eterno Golf. Foram várias gerações que pareciam ser uma continuidade com traços renovados e sempre elegantes. Este novo design do Polo deu “musculatura” à carroceria. A frente de grade fina encontra faróis de led com luzes integradas contornando as laterais. A entrada de ar com duas barras horizontais e “acento” em plástico vermelho nas laterais, é de bom gosto. O capô mais elevado confere força a esta frente harmoniosa. Nas laterais, as linhas de expressão reforçam a dinâmica do design e chegam à traseira convencional, mantendo as linhas suaves e equilibradas. 

O melhor do Polo, contudo, se mostra no comportamento dinâmico. Continua forte e consistente. O motor TSI 170 turbo, tricilíndrico, utilizado no extinto Up foi “repotencializado”. Agora oferece 109 hps a gasolina e 116 hps a etanol, com torque de 16.8 kgfm. O motor trabalha acoplado ao preciso cambio automático de seis velocidades AQ-160. 

Os dados numéricos passam a impressão de que houve redução na performance do novo Polo, em relação à geração anterior. Afinal, o TSi “original” desenvolvia 128 hps. Na prática é o inverso. A vigorosa performance do novo Polo não o inferioriza diante do modelo anterior. Há forte torque presente em qualquer faixa de rotação e o “Highline” mostrou ser um carro veloz, com impecável estabilidade direcional e lateral que resultam de suspensões muito bem calibradas. 

A bordo deste VW, o motorista esquece que o eixo traseiro é de torção na traseira e não um sofisticado “multibraços”. O Polo mostra performance superior, que ignora algum reducionismo tecnológico, como a troca dos freios a disco na traseira por freios a tambor. O Polo freia com eficiência. O volante, com assistência elétrica, tem aro com circunferência e espessura ideais. O “peso” do volante não aliena o motorista do grau de aderência do pavimento. Os bancos tem perfeita ergonomia e os “apoios de cabeça” estão próximos da nuca para minimizar o efeito whiplash, ou a “chicotada” para trás da cabeça e pescoço. Que necessita ser contidos pela eficiência do encosto, para evitar o rompimento da medula e a quadriplegia em acidentes. 

No interior, o sóbrio e refinado acabamento satisfaz e um detalhe impressiona: o silêncio quase absoluto no habitáculo. Fale em voz baixa e será entendido. Há modernidades, como o sistema de infoentretenimento Volkswagen Play e sistemas de segurança avançados. Como a frenagem automática pós-colisão, que ativa os freios para que o carro não prossiga em sua trajetória desgovernada após uma batida. São quatro airbags, disponíveis num carro “cinco estrelas” nos testes de impacto.


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