Atletas vindos do exterior deverão estar vacinados para participar de competições na França

Atletas vindos do exterior deverão estar vacinados para participar de competições na França

Regra não vale apenas para profissionais, mas para amadores também

AFP

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Qualquer atleta, seja amador ou profissional, que viajar à França para participar de competições, como o torneio Six Nations de rúgbi, deverá estar vacinado para entrar em um recinto esportivo, informaram à AFP fontes do governo francês.

Um dia depois da deportação do número um do tênis mundial, o sérvio Novak Djokovic, da Austrália, o governo francês detalhou que essa regra não será aplicada apenas aos atletas amadores e profissionais que estejam na França, sejam eles franceses ou não, mas também a esportistas estrangeiros que viajem ao país para competir.

"O certificado de vacinação se aplica a todo o mundo, aos voluntários, aos atletas de alto nível, inclusive os que venham do exterior, até segunda ordem", detalhou nesta segunda-feira o Ministério dos Esportes francês à AFP.

Até agora, a regra só era clara para os atletas que vivem na França. Desde o anúncio da implementação da exigência do certificado de vacinação no país, o Ministério dos Esportes havia detalhado que este só seria exigido aos atletas profissionais que trabalham na França.

A posição apresentada hoje esclarece as declarações feitas na semana passada pela ministra dos Esportes, Roxana Maracineanu, que havia dado a entender que, em teoria, a "bolha" sanitária de eventos esportivos, como o torneio de tênis de Roland Garros, permitiria a participação de atletas procedentes do exterior que não estivessem vacinados, como Djokovic.

Um atleta "que não esteja vacinado [...] poderá participar da competição, já que o protocolo, a 'bolha' sanitária dos grandes eventos esportivos, permitirá isso", havia explicado a ministra à emissora France Info no dia 7 de janeiro.

Sem exceções em Roland Garros

Dez dias depois das declarações de Roxana Maracineanu, e um dia após a deportação de Novak Djokovic da Austrália, fica claro que não haverá exceções para as estrelas do esporte que não estiverem vacinadas.

"Não é possível que, para grandes atletas, artistas, personalidades, a regra seja burlada. Ela deve ser aplicada a todos", assinalou hoje o líder do partido político do presidente Emmanuel Macron, La République en Marche, na Assembleia Nacional, Christophe Castaner, à emissora de rádio BFM-RMC.

Djokovic "não tem o direito de jogar se não respeitar uma regra que será aplicada aos espectadores, aos gandulas, aos profissionais que vão trabalhar e os que terão um ponto de comércio em Roland Garros. Em que mundo estaríamos se disséssemos que, porque alguém é uma estrela, não precisa cumprir uma regra?", acrescentou.

Atualmente, não é necessário estar vacinado para entrar em solo francês, mas a exigência de um certificado de vacinação será feita a todos aqueles que entrarem em um estabelecimento que receba público.

As próximas competições internacionais são o Grand Slam de judô, nos dias 5 e 6 de fevereiro; o torneio Six Nations de rúgbi, de 5 de fevereiro a 19 de março; e o torneio de Roland Garros de tênis, entre os dias 22 de maio e 5 de junho.

No domingo, o presidente da Federação Francesa de Tênis (FFT) Gilles Moretton, informou que a entidade estava trabalhando "em colaboração com as autoridades públicas, que detalharão as regras relativas ao recebimento de atletas estrangeiros não vacinados para o nosso torneio [Roland Garros] em tempo útil".

 


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