Futebol argentino resiste à SAFs enquanto MIlei pressiona para adesão do modelo

Futebol argentino resiste à SAFs enquanto MIlei pressiona para adesão do modelo

Decretos do presidente que autorizam a transformação das entidades em Sociedades Anônimas de Futebol foram bloqueados pela Justiça

AFP

Presidente quer iniciativa privada dentro do futebol

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Cheio de polêmicas, o governo Milei trava agora uma discussão no futebol, desde que emitiu dois decretos que autorizam a transformação das entidades em Sociedades Anônimas de Futebol, conhecidas como SAFs. Os decretos foram bloqueados pela justiça e alguns clubes já se posicionaram contra a ideia. Argumentam que isso poderia interferir no papel social das instituições.

“É claro que o futebol é o motor da economia do clube e é por isso que as decisões tomadas nesse sentido são tão importantes, sem futebol o clube estaria em déficit quase por definição. Então o que buscamos em cada transferência é gerar uma economia mais sólida, mais forte, como resultado dessa diferença que existe. Entre a venda e a incorporação de novos jogadores”, se manifestou o presidente do Lanús, Luis Chebel.

VÍDEO | A Argentina se encontra em uma encruzilhada, à medida que o governo pressiona pelo investimento privado no futebol local.

📹Eitan ABRAMOVICH, Florian PLAUCHEUR, Magali CERVANTES, Elena BOFFETTA/AFP /AFPTV /PRESIDÊNCIA ARGENTINA pic.twitter.com/B8QjsfWCHK

— Correio do Povo (@correio_dopovo) November 8, 2024

O modelo proposto já é uma realidade no Brasil, México e Uruguai. As Sociedades Anônimas de Futebol, conhecidas como SAFs, foram aprovadas pelo Congresso em 2021 para facilitar o resgate de instituições com problemas financeiros ou promover aquelas com as contas em ordem.
O Botafogo, finalista da Copa Libertadores, criou uma SAF depois de enfrentar uma dura crise financeira durante anos.

“Temos um orçamento para o ano de 2024, vamos acabar com um déficit, entre aspas, de perto de um milhão de dólares. Isso, claro, é resolvido com o resto das receitas do clube, principalmente provenientes do futebol profissional", ressalta Martin Cigna, Dirigente do Clube Atlético San Lorenzo de Almagro.

Embora Milei afirme que isso permitiria à Argentina ter um campeonato nacional ‘de melhor qualidade’, o presidente da federação, Claudio Tapia, garante que este ‘não é o modelo’.

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