Imbatível no Gauchão, Grêmio sofre para encontrar soluções em jogos mais difíceis
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Imbatível no Gauchão, Grêmio sofre para encontrar soluções em jogos mais difíceis

Tricolor venceu apenas dois de oito jogos por Brasileirão e Libertadores

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Treinador reclamou que parte do time "cochilou"

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Campeão gaúcho invicto com apenas um gol sofrido em 17 partidas, o Grêmio tem problemas nos enfrentamentos com adversários mais fortes no Campeonato Brasileiro e na Libertadores da América. Somando as duas competições, são oito jogos do Tricolor com apenas duas vitórias – um aproveitamento de apenas 33%. A defesa, quase insuperável no Gauchão, levou 12 gols nesses compromissos – uma média de 1,5 por partida.

Os problemas do Grêmio ficaram escancarados na derrota para o Fluminense nesse domingo na Arena. Após abrir 3 a 0, o time gaúcho permitiu a virada de 4 a 3. O Tricolor ainda chegou ao empate de 4 a 4, mas levou o quinto gol no final. Após o jogo, técnico Renato Portaluppi justificou a derrota por falhas de concentração de alguns jogadores em razão da vantagem. A expressão “deu mole” foi usada diversas vezes durante a coletiva pelo treinador.

“Às vezes, três ou quatro (jogadores) dão mole, acham que não precisa mais fazer o que foi determinado porque está 3 a 0 e sobrecarrega todo mundo. O primeiro gol (do Fluminense) foi um achado, o segundo falhamos e seguimos falhando. Quando você tem tantas falhas, paga por elas. Hoje foi inadmissível. Perdemos por 5 a 4, demos mole demais e pagamos caro por isso”, declarou o treinador.

Porém, além do “deu mole” dito por Renato Portaluppi, o Fluminense também fez alterações durante o jogo. No intervalo, o técnico Fernando Diniz mudou a formação da equipe com a saída do volante Airton para a entrada do meia Danielzinho, o que contribuiu para o time carioca exercer a pressão que levou à virada no segundo tempo.

“Ao tirar Airton e colocar Danielzinho no intervalo, Fernando Diniz mudou a postura do meio-campo do Fluminense, deixando o setor mais agressivo e qualificado. A soberba do Grêmio não permitiu que a mudança fosse notada. Depois, com o ingresso de Pedro no lugar de Guilherme, o time carioca passou a ter três jogadores - Pedro, Yony González e Luciano - jogando entre os volantes e os zagueiros do Grêmio, com espaço para velocidade e troca de passes”, destacou o comentarista da Rádio Guaíba Cristiano Oliveira.

Essa não foi a primeira vez que o Grêmio teve dificuldade para reagir a mudanças por parte dos adversários. No primeiro Gre-Nal da final do Gauchão, por exemplo, o Tricolor era superior no Beira-Rio até a parada técnica ocorrida na metade do primeiro tempo. Depois disso, Odair Hellmann mudou o posicionamento do Inter, que passou a dominar o restante da primeira etapa. O Libertad, que tinha o técnico José Chamot chegando ao clube, também apresentou novidade no posicionamento do seu ataque e complicou a marcação gremista na Arena. Na primeira rodada do Brasileirão, Jorge Sampaoli escalou o Santos com três zagueiros, algo que o treinador argentino não vinha fazendo. Após a partida com derrota de 2 a 1, o atacante Everton admitiu ainda no gramado que a formação havia surpreendido o Grêmio no começo do jogo.

Escassez de zagueiros e problemas no meio-campo

Além das questões táticas, o Grêmio tem tido dificuldades em reposições de jogadores no elenco. Na zaga, o técnico Renato Portaluppi tem apenas três atletas de origem da posição, Geromel, Kannemann e Paulo Miranda. Com Paulo Miranda lesionado, o volante Michel teve de ser escalado na zaga contra Avaí e Fluminense para o treinador poder rodar o elenco.

A demora na contratação de um zagueiro é algo que deve ser colocado na conta da direção, destaca Cristiano Oliveira. “O Renato pede a contratação de um zagueiro desde o ano passado. É importante lembrar que o Grêmio perdeu uma Libertadores por não ter um defensor confiável na reserva. Este ano, recuar Marcelo Oliveira não passou de uma cortina de fumaça. Paulo Miranda, que é bom jogador, passa mais tempo lesionado do que em campo. Ou seja, quando Geromel ou Kannemann estão fora, Renato precisa improvisar Michel, que já provou ser insuficiente. Urge a contratação de um zagueiro”, cobra o comentarista.

No meio-campo o Grêmio também tem problemas. Matheus Henrique ajudou a melhorar o setor, mas o Tricolor tem tido dificuldades em relação a Maicon, que sofre com problemas físicos e ainda não tem um substituto. Renato Portaluppi já admitiu não ter no elenco outros volantes com características parecidas com as dos titulares.

“O Grêmio tem dois jogadores que fazem essa saída de bola: o Maicon e o Matheus Henrique. Nós temos esses dois que sabem sair jogando e muito bem, mas não temos todos os jogadores da posição que fazem isso. Você perde alguma qualidade e ganha em outras quando muda. Mas é claro que quando você tem dois jogadores desse nível e perde, acaba sentindo na saída de bola”, admitiu Renato ao avaliar os volantes que têm à disposição.

A situação no meio-campo será agravada nesta quarta-feira, às 19h15min, diante do Libertad, no confronto decisivo para a classificação na Libertadores. Suspenso, Matheus Henrique não irá atuar. Michel e Rômulo devem brigar pela vaga ao lado de Maicon. O Tricolor precisará pelo menos de um empate para avançar às oitavas de final. Vitória dos chilenos eliminará o Grêmio da Libertadores.


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