O Inter vive um momento de forte pressão no Campeonato Brasileiro. Após as derrotas consecutivas para Bahia e Fluminense, o time caiu na tabela e soma 38% de aproveitamento sob o comando de Ramón Díaz, o que mantém o clube na parte inferior da tabela de classificação. A distância para a zona de rebaixamento é pequena, e o confronto com o Atlético-MG, no próximo domingo, no Beira-Rio, é tratado como decisivo.
Diante desse cenário, o presidente Alessandro Barcellos fez um apelo público à torcida colorada. Após o treino desta terça-feira, no CT Parque Gigante, o dirigente pediu uma trégua nas críticas e convocou os torcedores a apoiarem o time nas últimas oito rodadas do campeonato.
“Em nome da instituição, venho pedir o apoio do torcedor. O torcedor que nunca nos abandonou e vai, tenho certeza, fazer a diferença nas últimas oito rodadas”, afirmou Barcellos, reconhecendo que o desempenho da equipe ficou aquém do planejado.
O dirigente destacou que, após as duas derrotas consecutivas fora de casa, foi feito um replanejamento interno para a reta final da competição. O objetivo, segundo ele, é reorganizar o ambiente e aproximar o clube da torcida. “Não é o presidente aqui, ou o dirigente A, B ou C, mas é o Inter. Precisamos estar juntos e conectados para sair desse momento difícil”, disse.
Barcellos também reforçou que todas as avaliações sobre o departamento de futebol e a comissão técnica serão feitas apenas ao final da temporada. “Esse é o grupo que nós temos, a comissão que nós temos e o departamento que nós temos até o final do ano. Agora é momento de acumular forças”, declarou.
O presidente negou atrasos salariais e garantiu que o clube está em dia com seus compromissos. “Todas as movimentações salariais desde o início do ano foram pactuadas e cumpridas. Neste momento não é diferente. Estão tentando buscar esse assunto para justificar algo que não existe”, afirmou.
Barcellos reconheceu ainda a necessidade de melhorar o aspecto anímico do elenco, uma das principais preocupações da comissão técnica comandada por Ramón Díaz. “O fator anímico precisa ser melhorado. Isso foi constatado pela comissão técnica, por nós e pelo torcedor. O momento piora isso, mas vamos trabalhar para reagir.”
Em tom mais pessoal, o dirigente lembrou outras situações delicadas na história recente do clube e fez um chamado à união da torcida. “Eu, como torcedor, já fui convocado em momentos até mais difíceis do que este. Não estamos no Z-4 e ainda temos oito jogos pela frente. Temos que afastar as divergências e olhar para o clube. O Inter é maior do que todos nós", finalizou.