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Cobranças, apoio e trabalho: como o Inter busca a sua recuperação no Brasileirão

Os bastidores de uma semana tensa, marcada pela pressão e pela busca pela reação; time colorado enfrenta o Atlético-MG, neste domingo, no Beira-Rio

Carbonero começa a partida contra o Atlético-MG, neste domingo, no Beira-Rio
Carbonero começa a partida contra o Atlético-MG, neste domingo, no Beira-Rio Foto : RICARDO DUARTE / INTER / CP

As derrotas consecutivas para Bahia e Fluminense, ambas fora de casa, funcionaram como a gota d’água que fez o copo transbordar no Inter. Além de manter o time perigosamente próximo da zona de rebaixamento, os dois resultados expuseram, de forma incontornável, a apatia e a falta de reação da equipe, desencadeando uma série de medidas internas e um endurecimento no discurso por parte da direção colorada.

O presidente Alessandro Barcellos passou a ter presença mais constante no vestiário e no dia a dia do CT Parque Gigante. Conversou com as principais lideranças do grupo e cobrou uma resposta imediata dentro de campo. O diretor técnico D’Alessandro também se dirigiu ao elenco, deixando claro que a responsabilidade por uma eventual queda seria dos próprios jogadores. A mensagem foi direta: o grupo precisa mudar de postura.

O técnico Ramón Díaz, por sua vez, reconheceu publicamente o problema mais visível: a falta de intensidade e de ímpeto competitivo. Após a derrota para o Fluminense, no último sábado, o argentino foi enfático ao apontar o aspecto emocional como principal obstáculo a ser superado.

“O que eu mais quero é que a equipe recupere o ímpeto, a determinação e a coragem. Me parece que a equipe não está encontrando essa atitude para jogar esse tipo de partida e enfrentar esse tipo de situação. O que mais vou trabalhar nesta semana é o aspecto anímico e a pressão”, afirmou o treinador, em tom de autocrítica e alerta.

O auxiliar e filho do técnico, Emiliano Díaz, reforçou o discurso de cobrança, elevando o tom: “Este é o momento para os homens, para quem tem coragem. Se tivermos que brigar com alguém, vamos brigar. O Inter tem que mudar e vamos mudar, não temos dúvida alguma”, disse.

A mobilização também chegou ao discurso público do presidente. Durante a semana, Barcellos concedeu uma entrevista coletiva para pedir o apoio da torcida, mas também deu sinais claros de mudanças no futuro próximo, provavelmente no final da temporada. “Esse é o grupo que nós temos, a comissão que nós temos e o departamento que nós temos até o final do ano. Agora é momento de acumular forças”, afirmou, deixando implícito que as mudanças estruturais serão discutidas apenas após o término do Campeonato Brasileiro.

O momento é de pressão máxima. Com o time em queda de rendimento e emocionalmente abalado, a esperança é de que as medidas adotadas surtam efeito imediato. A reação precisa começar neste domingo, diante do Atlético-MG, no Beira-Rio. Uma vitória não apenas interromperia a sequência negativa, mas também serviria como sinal de que o Inter pode reencontrar sua capacidade competitiva.

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