Inter completa 40 dias sem vice de futebol
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Inter completa 40 dias sem vice de futebol

Cargo estatutário precisa ser reposto pelo presidente Alessandro Barcellos

Fabrício Falkowski

Papaléo estava no cargo desde agosto de 2021

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De acordo com o estatuto do Inter, a diretoria “será integrada, obrigatoriamente”, por dez vice-presidentes especialistas, entre os quais um deles será o de futebol. Ocorre que, desde a saída de Emílio Papaléo Zin, há mais de um mês, o cargo está vago, sem perspectiva de ser preenchido. Faltam candidatos com perfil e disponibilidade para assumir a responsabilidade de visibilidade e pressão proporcionais. O problema é que, exatamente por ser estatutária, a saída precisa ser reposta, movimentando a oposição já pressiona para que um nome seja indicado o mais breve possível.

Claro que, pelo menos inicialmente, além de tempo e conhecimento específico sobre o futebol, um candidato a substituto também precisaria pertencer a um dos três movimentos políticos que dão sustentação à gestão do presidente Alessandro Barcellos. Ou seja, teria que, preferencialmente, sair das fileiras do Academia Colorada, do Inove Inter ou do Convergência Colorada, que juntos venceram a última eleição no clube, em dezembro de 2020. Porém, devido à escassez de possibilidades internas, nomes de fora dos três movimentos começam a ser cogitados.

Em entrevista no domingo, antes da vitória sobre o Fluminense, por 3 a 0, no Beira-Rio, Alessandro Barcellos reconheceu as dificuldades para repor a saída de Papaléo – que foi o segundo a ocupar o cargo nesta gestão, já que João Patrício Hermann ficou entre janeiro e agosto de 2021. Também ressaltou a profissionalização do departamento de futebol, que agora conta com dois diretores remunerados: um executivo, hoje exercido por William Thomas, outro técnico, ocupado por Paulo Autuori.

Em tese, os dois têm autonomia para gerir o dia a dia do futebol colorado e para tomar decisões pertinentes à pasta, inclusive sobre contratações. Além disso, desde a saída de Papaléo, o próprio Barcellos e o 2º vice-presidente eleito, Arthur Caleffi, se aproximaram do CT Parque Gigante. Ou seja, em tese, o cotidiano do vestiário não necessariamente necessitaria de um vice de futebol para funcionar, embora exista a imposição por parte do estatuto. É neste aspecto que Barcellos se apega para justificar a vacância por tanto tempo.

“Temos que saudar a profissionalização do futebol, que é extremamente benéfica para o clube. É um caminho sem volta. Mas estamos avaliando algumas possibilidades e pretendemos anunciar um novo vice de futebol em breve. Não há pressa, mas é um assunto que estamos tratando”, disse o presidente.

Essa não é exatamente a opinião de todos os conselheiros. Para pessoas ouvidas, o vice de futebol seria importante para defender diante da opinião pública os projetos do futebol, além de servir de elo entre o vestiário e o Conselho de Gestão. O episódio da greve dos jogadores, que cancelou um treino no início de junho é utilizado para exemplificar a importância do cargo, embora, na época Papaléo ainda estivesse no clube.

Alguns nomes já foram sondados. O preferido era o de Felipe de Oliveira, que é diretor das categorias de base. Ele declinou do convite devido a questões familiares. Felipe Becker, que hoje atua como dirigente na base colorada mas foi presidente do Aimoré, seria uma alternativa, mas ele também reluta em assumir por dificuldades pessoais.


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