MP aguarda explicações de consórcio sobre estruturas temporárias
Conforme órgão, empresas ainda não detalharam gastos de cerca de R$ 5 milhões
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“Ou tudo fica esclarecido e é possível liberar o total de R$ 24 milhões ou não vamos liberar mais nada”, afirmou o promotor do Patrimônio Público, Nilson Rodrigues Filho. Até o momento, somente o pagamento de cerca de R$ 19 milhões foi autorizado. Até a reunião, os envolvidos deverão encaminhar os documentos solicitados pelo MP. A promotoria pretende concluir o parecer final da investigação até o final dessa semana.
A polêmica das estruturas temporárias durou quase até a bola rolar em Porto Alegre – que recebeu cinco partidas do Mundial. Em março, a menos de três meses do início do torneio, a Assembleia Legislativa aprovou projeto do governo do Estado que isentava de impostos as empresas que financiassem as estruturas temporárias – que são exigência da Fifa para a sede receber jogos. O projeto de lei estabelece que a empresa instalada no Rio Grande do Sul que apoiar o programa poderá compensar até 100% do valor aplicado no pagamento de ICMS, desde que repasse 15% desse total ao Fundo Estadual de Incentivo ao Esporte. O teto para a isenção de impostos também foi fixado em R$ 25 milhões. Deputados criticaram o que chamaram de “atropelo” do governo.
No entanto, no início do imbróglio o MP sustentou que a obrigação de arcar com o valor das estruturas era o Inter, enquanto o clube alegava que não tinha dinheiro ou qualquer documento que o obrigasse a isso. Ao fim, as estruturas foram concluídas, com base no financiamento de empresas, apenas às vésperas da Copa.