Sete gols em 745 minutos: Valencia brilha em 2025 e se firma no ataque do Inter
Equatoriano tem nesta temporada o melhor aproveitamento desde que desembarcou para jogar com a camisa colorada

publicidade
Para não deixar qualquer margem a mal-entendidos, Roger Machado afirmou, após a goleada colorada sobre o Cruzeiro, domingo, que Enner Valencia é o novo titular do ataque colorado, superando Borré. A afirmação não chega a ser uma surpresa, pois o centroavante, inclusive, começou a partida, e até encontra sustentação nos números. A versão de 2025 do equatoriano já é a melhor desde que começou a vestir a camisa colorada, em 2023.
Desde janeiro, Valencia atuou em 745 minutos e marcou sete gols, sua melhor média até aqui pelo Inter. “O Enner está recebendo a oportunidade porque procurou e achou dentro do campo. Ele se transformou no titular”, afirmou Roger Machado.
Porém, o técnico ressaltou que haverá revezamento devido ao acúmulo de jogos, principalmente nas próximas semanas. “Como teremos mais 17 jogos (até a parada do Mundial), vai haver uma alternância natural. Vou ter que contar com os jogadores nas melhores condições, menos desgastados. Não gosto de revezamento ou rodízio, mas vai haver uma alternância dos 11 titulares”, admitiu o treinador.
A volta de Valencia ao time foi fruto de um processo. Em primeiro lugar, Roger deixou o centroavante de fora de alguns jogos quando sua fase não era boa. Foi aí que Borré cresceu e ganhou a vaga, no segundo semestre do ano passado. O equatoriano seguiu trabalhando, entrando em alguns jogos, mas sempre como suplente.
Outra tarefa que coube a Roger foi adaptar Valencia ao time. De acordo com o técnico, o colombiano tem um futebol mais “associativo”. Ou seja, participa mais do jogo, retém a bola por mais tempo na frente e joga melhor em combinação com os companheiros. Valencia, por sua vez, é mais incisivo, joga melhor com espaço e tem mais velocidade.
Exatamente por isso, Roger trocou Vitinho por Carbonero contra o Cruzeiro, mudança que deve seguir para os próximos jogos. Carbonero fica mais com a bola, compensando a falta dessa característica em Valencia.
“Tivemos que cuidar melhor da bola. A escalação passou por isso. A mudança foi a oportunidade que demos ao Enner, que é um jogador mais de profundidade. Aí, houve a necessidade de eu optar pelo Carbonero, que tem um jogo de retenção de bola melhor. A gente teve a condição de cuidar um pouquinho mais da bola”, finalizou o técnico.