STJD volta atrás em punição ao Inter por suposto caso de racismo pelo Brasileirão Feminino
Correio do povo Logo

Receba as principais notícias do Inter no seu WhatsApp

Inscrever-se WhatsApp Logo

STJD volta atrás em punição ao Inter por suposto caso de racismo pelo Brasileirão Feminino

Decisão acontece depois da investigação da polícia civil indicar que não não houve intenção de ato racista

Victória Rodrigues

Caso aconteceu no empate em 2 a 2 entre Inter e Sport, em Porto Alegre

publicidade

Na tarde desta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) reviu a punição do Inter pelo suposto caso de racismo na partida contra o Sport pelo Brasileirão Feminino. Antes, o clube colorado havia perdido o mando de campo e teria que jogar três partidas com os portões fechados. A nova decisão mantém a ausência de torcida, mas volta atrás e autoriza as partidas em Porto Alegre.

A revisão aconteceu principalmente devido às novas evidências apuradas na investigação da Polícia Civil. Conforme a delegada Tatiana Bastos, que conduz o caso através da Delegacia de Combate a Intolerância (DPCI), o tom da investigação mudou quando o Inter disponibilizou um vídeo no qual é possível ver a jovem da base colorada arremessando um objeto parecido com um copo plástico.

A atleta de 18 anos teve o contrato rescindido pelo Inter logo após a denúncia. Porém, de acordo com a defesa, ela não percebeu que dentro do copo havia uma casca de banana. “O que a gente percebe nas imagens é um relato que é compatível com outras testemunhas presenciais que narram que ela teria jogado um copo e que dentro desse copo teria o lanche dela, que era uma casca de banana”, afirma Tatiana.

Jogadora deverá ser indiciada por causar tumulto

Assim, após a análise das imagens, a delegada indica que provavelmente a jogadora não será indiciada pelo crime de racismo. “Sendo assim, até agora, o que a gente tem nos autos não nos traz elementos suficientes para o indiciamento por racismo. Porque o racismo exige, inclusive, o dolo específico, que é a vontade de discriminar. Então, eu tenho que saber que realmente ela quis jogar uma casca de banana e que, com isso, ela quis discriminar as pessoas do time adversário, e a gente não consegue comprovar nem uma coisa, nem outra”, completa a profissional.

Tatiana completa explicando que é mais provável ela ser indiciada por outra conduta ilícita da Lei Geral do Esporte: o de causar tumulto por conta do objeto arremessado. Até agora, quase todas as testemunhas do caso já foram ouvidas. Na próxima semana, a ex-atleta colorada irá depor, ao lado de mais duas outras pessoas apresentadas pela defesa. A conclusão do inquérito tem um prazo de 30 dias.

Apesar do posicionamento da polícia, indicando de que a jogadora não teve nenhum intuito de cometer um ato de discriminação, o Inter não reintegrou à atleta.

Veja Também


Mais Lidas



Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895