Durante os sorteios das fases de grupos da Libertadores e da Copa Sul-Americana, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi questionado por um jornalista sobre como seria uma Libertadores sem equipes brasileiras. A resposta foi a seguinte: “Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível”. A declaração faz referência ao personagem de Hollywood que vive na selva ao lado de um chimpanzé.
"Libertadores sem os clubes brasileiros seria como Tarzan sem Cheetah. Impossível!"
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) March 18, 2025
🎙️ Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol.
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A fala de Domínguez ocorre semanas depois de um episódio de racismo durante a Libertadores sub-20. Na ocasião, dois jogadores do Palmeiras foram alvos de ofensas racistas por parte de um torcedor do Cerro Porteño. O caso ganhou notoriedade a partir do protesto emocionado de Luighi, reclamando da situação após o jogo. Chorando, o atacante palmeirense lamentou que tenha passado por isso e reclamou que o jornalista designado para entrevistá-lo só pretendia falar a respeito da partida.
"É sério isso? Fizeram racismo comigo. Até quando? O que fizeram comigo foi crime. Você vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Você não ia perguntar sobre isso, né? Fizeram um crime comigo. Aqui é formação, a gente tá aprendendo aqui."
No evento dessa segunda-feira, o próprio Domínguez se manifestou e chegou a citar o atleta do Palmeiras para prometer punições mais rigorosas contra episódios de racismo.
A partir da manifestação de Luighi, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, exigiu a exclusão do Cerro Porteño da competição. A CBF seguiu a mesma linha. Indignada com o caso, Leila sugeriu que os clubes brasileiros, diante da impunidade em casos de racismo, deixassem a Conmebol e se filiassem na Concacaf.
Três dias após o caso, a Conmebol anunciou uma multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 290 mil) ao Cerro e determinou que o clube jogue algumas partidas com portões fechados.
Morte de Chita
Chita, o chimpanzé que protagonizou os filmes de Tarzan nas décadas de 30 e 40, morreu em 2011, aos 80 anos. O animal participou dos longas "Tarzan , o Homem Macaco" (1932) e "Tarzan e sua Companheira" (1934), filmes clássicos que relatam as aventuras de um homem criado na selva.