Europa autoriza missões espaciais para detectar ondas gravitacionais e explorar Vênus

Europa autoriza missões espaciais para detectar ondas gravitacionais e explorar Vênus

Lançamento da missão LISA (Laser Interferometer Space Antenna) está previsto para 2035 em um foguete Ariane 6

AFP

O interferômetro espacial, instalado a cerca de 50 milhões de quilômetros da Terra, estará composto por três satélites que formam um triângulo equilátero

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A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) autorizou, nesta quinta-feira, 25, duas novas missões científicas, uma para detectar as ondas gravitacionais a partir do espaço, deformações ínfimas do tecido espaço-tempo, e outra para explorar o planeta Vênus.

O lançamento da missão LISA (Laser Interferometer Space Antenna) está previsto para 2035 em um foguete Ariane 6, detalhou a ESA em comunicado.

O interferômetro espacial, instalado a cerca de 50 milhões de quilômetros da Terra, estará composto por três satélites que formam um triângulo equilátero. Cada lado do triângulo medirá 2,5 milhões de quilômetros, distância da qual os três aparelhos trocarão feixes de raios laser.

Este observatório espacial gigante também poderá captar com sensibilidade excepcional as ondas gravitacionais que deformarão os feixes de raios laser.

Albert Einstein previu as ondas gravitacionais em 1916, detectadas 100 anos depois e que são deformações ínfimas do espaço-tempo, parecidas a ondulações da água na superfície de uma lagoa.

Essas oscilações, que se propagam na velocidade da luz, nascem sob o efeito de acontecimentos cósmicos violentos como a colisão de dois buracos negros.

Embora estejam relacionadas com fenômenos maciços, seu sinal é bastante tênue. Uma primeira vibração rápida foi detectada em 2015 pelos detectores terrestres de ondas gravitacionais Ligo, nos Estados Unidos, e Virgo, na Europa. Em junho de 2023, uma rede mundial de telescópios na Terra captou um sinal mais prolongado no tempo.

A ESA também autorizou a missão EnVision, que partirá para a exploração de Vênus em 2031, desde o núcleo interno até a atmosfera, para "dar uma nova visão da história, da atividade geológica e do clima do planeta".

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