Equipes de busca por bombeiros desaparecidos são reforçadas, em Porto Alegre
Cães farejadores vindos do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina também auxiliam no resgate
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Seis dias após o incêndio que condenou o prédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em Porto Alegre, as buscas pelos dois bombeiros desaparecidos ainda não haviam sido concluídas.
O provável quadrante onde os servidores estão localizados, na metade esquerda da edificação, vem sendo foco dos trabalhos desde segunda-feira, paralelamente à estabilização de estruturas com risco de queda, como pilares, vigas e lajes. Nesta terça, as equipes foram reforçadas com dois binômios – duplas formadas entre homens e cães farejadores – vindos do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
“Avançamos muito e chegamos num núcleo onde estão supostamente nossos bombeiros militares desaparecidos, segundo todos os estudos realizados. Diante disso, estamos ampliando as fontes de trabalho para que, com segurança, façamos a busca aliada a um aumento efetivo da equipe”, explicou o comandante do 1º BBM, tenente-coronel Eduardo Estevam Rodrigues. Segundo ele, os grupos de 60 a 70 homens trabalham no local de forma ininterrupta.
O provável local onde estão os dois bombeiros desaparecidos, segundo Rodrigues, conta agora com acesso mais facilitado. Enquanto as análises e buscas ocorriam, as equipes de busca e resgate em estruturas colapsadas atuavam na limpeza da área, já que, desde a entrada do prédio, havia diversos elementos estruturais obstruindo a passagem. “Não é um trabalho fácil, são muitos escombros, materiais, entulhos que temos que retirar com cuidado. Isso não é um serviço de demolição, é um serviço de resgate”, detalhou o comandante.
O ponto central do quadrante delimitado pelas equipes tem cerca de 5,5 metros de profundidade e mais de 50% já foi inspecionado. Rodrigues explicou que não há possibilidade dos bombeiros desaparecidos estarem em algum ponto já vistoriado. “É feito um trabalho muito minucioso de busca. Enquanto uma equipe está fazendo o trabalho dentro da estrutura, temos outras equipes que ficam fora verificando todo o material retirado para verificar se há vestígios que possam indicar a localização desses bombeiros.”