Aumenta a preocupação com a falta de combustível na região Norte

Aumenta a preocupação com a falta de combustível na região Norte

Em Frederico Westphalen, nenhum posto tem gasolina e álcool

Agostinho Piovesan

Postos estão sem combustível

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Não existe previsão de chegada de caminhões transportando combustível (gasolina, álcool e óleo diesel) para os postos da cidade de Frederico Westphalen, no Norte do Estado. Nenhum posto tem gasolina e álcool. Alguns ainda têm estoque de óleo diesel. Segundo os proprietários, não há previsão de chegada de caminhões com combustível partindo das distribuidoras localizadas em Passo Fundo, distante 184 km, e Cruz Alta, a 163 km.

A circulação de automóveis e outros veículos no município do Norte do Estado é pequena. Aumentou a circulação de bicicletas e muitos se veem obrigados a caminhar. Nos supermercados, já começam a faltar hortigranjeiros e outros alimentos, mas a situação ainda não é alarmante, afirmam os proprietários. O secretário da Agricultura de Frederico Westphalen, Cleber Cerutti, alerta que falta ração para alimentar os suínos. “A situação começa a ficar dramática”, afirmou. Na região, existem frigoríficos de suínos: em Frederico Westphalen (Seara Alimentos), Seberi (Adelle Alimentos) e Três Passos (Seara Alimentos). O abate de suínos nos três frigoríficos está suspenso nesta segunda-feira. 

Amzop promove reunião
Os efeitos no setor primário, especialmente as perdas nas áreas da avicultura, leite e suínos, serão avaliados numa reunião de emergência que será realizada na tarde de hoje, às 16h30min, pelos 43 prefeitos da Associação dos Municípios da Zona da Produção (Amzop), na cidade de Seberi, no Norte do Estado. Ao mesmo tempo em que apoia a mobilização dos caminhoneiros, inclusive com fechamento das prefeituras na sexta-feira passada, as prefeituras focam nas conseqüências provocadas pela interrupção do transporte de insumos, especialmente ração destinada a aves, suínos e bacia leiteira. O leite está sendo jogado fora pelos produtores, pois não ocorre o transporte do produto até as indústrias.

“Nós somos a favor dos pleitos dos caminhoneiros, pois o elevado custo dos combustíveis afeta toda a categoria e também as prefeituras e a população em geral, mas temos que avaliar também algumas conseqüências registradas no setor primário”, disse De Carli. Ele defende que o governo encontrou soluções rápidas, a fim de atender as reivindicações dos caminhoneiros, que, segundo ele, são também reivindicações da população em geral. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895