Bloqueio de rua gera reclamação de moradores de Santa Maria
Prefeitura interrompeu trecho da via atendendo à decisão judicial sob pena de pagar multa
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Conforme o prefeito, foram realizadas tratativas para resolver o impasse, mas sem sucesso. A Justiça deu prazo até 13 de janeiro para que fosse cumprida a decisão, caso contrário, o município teria que pagar uma multa de R$ 15.110.400,83, informou Pozzobom. Segundo ele, neste primeiro momento, a intervenção vale apenas para os veículos, não para os pedestres. "Enquanto não encontrarmos um denominador comum, vamos cumprir a decisão da Justiça." A procuradora adjunta do município, Clarissa Pillar, disse que resta esperar a vistoria dos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no trecho da Sete Setembro, entre as ruas Manoel Ribas e Borges do Canto. Segundo ela, confirmado que foi cumprida a decisão, o Dnit informa a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANT) e a prefeitura passa a buscar uma solução com agência.
Durante a entrevista no Centro Administrativo, empresários protestaram e lamentaram a decisão que, caso persista, vai ocasionar demissões. O empresário Antonio Machado, proprietário de um posto de combustível na Sete de Setembro, afirma que a decisão está gerando indignação e os cerca de 15 funcionários sofrerão com a medida. Valdir Junior, gerente de uma lavanderia, relata que os prejuízos já começaram e vai ter que mudar de endereço ou fechar as portas.
Segundo nota da Rumo Logística, o fechamento da passagem de nível da rua Sete Setembro atende decisão judicial sobre acordo firmado pela prefeitura referente ao viaduto construído a menos de 100 metros da avenida Rio Branco, obra feita para mitigar o conflito na região e aumentar a segurança da comunidade. A nota informa que Santa Maria integra o principal corredor ferroviário do Estado e que a operação funciona 24 horas, com média de circulação diária de três trens pelo local.
O deputado estadual Valdeci Oliveira, prefeito de Santa Maria na época do convênio, informou em nota que a construção do Viaduto da Gare, na avenida Rio Branco, e da Avenida dos Ferroviários eram obras reivindicadas pela comunidade e representaram melhoria na mobilidade urbana, segurança e no potencial turístico da região Norte da cidade. Diz que se dispõe a colaborar na mobilização pelo não fechamento da Sete de Setembro, porque, apesar de respeitar a posição técnica do Dnit, entende que é possível manter a via aberta a partir de um projeto consistente de sinalização e de segurança. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes foi procurado, mas não se manifestou até o fechamento da edição.