Foram arrematados por R$ 25,2 milhões o lote 1 de prestação de serviços de dragagem, em oito canais: Campista, do Junco, Belém, Cristal, Navegantes, Porto Alegre, Foz do Gravataí-Humaitá e Rio das Balsas, todos do Guaíba; e R$ 16,9 milhões para o mesmo processo em três canais da Lagoa dos Patos: Setia, Coroa do Meio e do Nascimento. A sessão pública virtual ocorreu nesta quinta-feira.
O lote 1, com prazo de 330 dias de execução a partir da assinatura do contrato, foi vencido pela DTA Engenharia, de São Paulo, enquanto o lote 2, com prazo máximo de 270 dias, foi obtido pela RP Locações e Prestação de Serviços Portuários, de Imbituba (SC). Ambas as propostas passarão agora por julgamento e análise, para posterior habilitação.
Ou seja, por ora, não significa que estas empresas são as vencedoras de fato do processo. Estes lotes são, respectivamente, de números 5 e 6 do grande projeto de dragagem em curso pela Portos RS, com R$ 731 milhões de recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) e expectativa de término até o final de 2026, dos quais somente o primeiro, correspondente ao canal de Itapuã, está totalmente concluído.
O lote 2 do conjunto de sete contempla os canais Pedras Brancas, São Gonçalo, Leitão e Furadinho. Este lote em questão sofreu atrasos nas obras devido às chuvas de junho, que causaram a paralisação dos serviços por cerca de 15 dias e o retorno da sedimentação no Pedras Brancas, com R$ 11 milhões em adição ao contrato.
O lote 3 é o canal da Feitoria, um dos principais locais de passagem de navios na área portuária de Porto Alegre e para a região Metropolitana. Originalmente, ele estaria nos lotes arrematados nesta quinta, mas foi iniciado antes de maneira emergencial devido a críticas de empresas operadoras da navegação interior quanto à lentidão das obras.
O lote 4 é o canal de Rio Grande, considerada pelo presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, como a maior obra de dragagem em andamento no país, com investimentos de R$ 432 milhões somente neste, para a retirada de 15 milhões de metros cúbicos de sedimentos em 30 quilômetros assegurando um calado de 15 metros nos principais trechos do canal de acesso. A expectativa agora é pela publicação da documentação do lote 7, que abrange canais menores e deve ocorrer na sequência da conclusão do processo dos lotes arrematados nesta quinta.