Consórcio poderá ser multado por falha no serviço de contêineres em Porto Alegre, diz Prefeitura
Secretário de Serviços Urbanos não descarta contratação emergencial de outra empresa para realizar a coleta de lixo
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Nesta semana, moradores e demais pessoas que circularam por diversos bairros de Porto Alegre foram surpreendidos pela enorme quantidade de lixo aberto e espalhado nas ruas e calçadas junto a muitos contênieres de coleta de resíduos. A situação gerou uma força-tarefa da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) e trará sanções ao Consórcio Porto Alegre Limpa, responsável pela coleta automatizada, segundo o titular da SMSUrb, Marcos Felipi Garcia.
“Não houve falta de coleta, mas sim um atraso, porque a equipe que fazia em um setor teve de terminar neste antes de ir para outro. O sistema de contêineres atende 20% da cidade, e os outros restantes 80% dos bairros são atendidos pelo caminhão compactador com os garis tradicionais. Destes 20%, que são 19 bairros, o atraso aconteceu em torno de 5% a 10% em relação ao horário habitual da coleta. Foi uma questão operacional da empresa, mas eles já estão retornando à sua operação normal”, afirmou Garcia.
ACÚMULO DE RESÍDUOS | Na tarde desta sexta-feira, na Cidade Baixa (Porto Alegre), foi realizada a substituição de um contêiner. Nos últimos dias, moradores reclamaram de acúmulo de lixo em diversos bairros da capital.
— Correio do Povo (@correio_dopovo) May 19, 2023
( Ricardo Giusti) pic.twitter.com/efBg96OO7w
A força-tarefa seguiu pela noite de quinta para sexta-feira, e pela manhã, a maioria deles já havia sido recolhida novamente. O problema foi causado depois que dois caminhões de uma mesma marca do consórcio apresentaram falhas, porém já foram substituídos por outros três. “Demos prazo até domingo para a normalização total do serviço. Na segunda-feira, volta ao horário habitual do recolhimento. Mas já estamos percebendo uma melhora no atendimento, em pontos com menos acúmulo de resíduos”, disse o secretário.
Questionado sobre quais seriam estas sanções à empresa, Garcia disse que elas iniciam por uma notificação, mas, por questões contratuais, possivelmente está prevista multa, já que o inconveniente “impactou no serviço da cidade”. “A gente acaba descontando o valor da multa de uma fatura que ela tem para receber, e pode ser que venham outras, e isto pode levar à rescisão do contrato”, pontuou, acrescentando ainda que “não está descartada a contratação emergencial de outra empresa, se esta não cumprir o cronograma de regularização da operação”.
O lixo acumulado nas ruas ainda poderia ser visível ontem pela manhã em áreas do bairro Auxiliadora, mas o problema ocorreu em áreas do Menino Deus, São João, Santa Cecília, Santana, Bom Fim, entre outros. Houve reclamações de moradores nas redes sociais ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Hoje, conforme o órgão, a Capital tem por volta de 2,5 mil contêineres, e o sistema sofre ainda com furtos de tampa e coletas manuais de catadores de recicláveis. “Estamos fazendo esta troca e buscando dificultar o vandalismo”, disse Garcia.