Com o objetivo de estimular a prática esportiva e integração de idosos que já praticam o esporte adaptado de câmbio, aconteceu neste sábado a 22ª edição dos jogos municipais da pessoa idosa, no Parque Esportivo da PUCRS. O evento acontece anualmente em outubro, mês do idoso. Foram 23 equipes e mais de 350 atletas participantes, que receberam medalha e troféu ao final do evento. Atualmente, as equipes praticam apenas o esporte adaptado para o público idoso.
"Em outros anos, a gente teve o basquete reloginho ou handebol por zona, que são outros esportes adaptados para idosos. Mas a gente vem se concentrando no câmbio, porque é uma escolha incontestável para o pessoal, e para poder atender mais equipes", explica Fernando Dourado, um dos coordenadores do evento.
O câmbio é um esporte adaptado para o público idoso na quadra de vôlei, semelhante ao jogo pré-desportivo, mas adaptado. São nove participantes na quadra em vez de seis, como seria no vôlei. O esporte tem menos impacto e rotação específica entre jogadores. “Ele trabalha muito a questão da dupla tarefa, da coordenação ampla, da noção espaço temporal. Apesar de parecer simples, é um jogo bem dinâmico", diz o coordenador.
Segundo os participantes, o intuito é incentivar a prática de atividades e formar laços pelo esporte coletivo. "Não é tanto pelo corpo, mas pela cabeça, dá uma arejada", justifica Nilda Buhler, de 63 anos. Vanda Douglas Santana, 75 anos, pratica o esporte desde 2008 e treina cerca de três vezes por semana. "Não parei nunca mais, e já participei de vários times. Quando meu time não joga, participo de outros. É muito importante porque nos exercitamos, e as nossas amizades são muitas", diz.
Vânia Barcelos, de 67 anos, saiu de Imbé às 6h para participar do evento. Ela pratica o câmbio há 15 anos, e é a terceira edição dos Jogos que se faz presente. "Na nossa idade, antigamente, nós estaríamos em casa. Além de fazer uma atividade física, as amizades, os laços e a integração são muito importantes", diz.
As equipes contaram com atletas de diversas regiões do estado, como litoral, região metropolitana e Porto Alegre. O regulamento aceita participantes a partir dos 60 anos, e o atleta mais longevo do evento tinha 96 anos.
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Como explica Fernando, todos os atletas já treinam regularmente nas próprias unidades, e o evento é como uma culminância dessa atividade. “A maioria tem treinos duas, três vezes por semana, e eles gostam de treinar para participar das competições”, conta. Em novembro deste ano, muitos participarão também dos jogos estaduais.