O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, Capitânia da Esquadra e maior navio de guerra da América Latina, está atracado em Belém para integrar as ações do Comando Operacional Conjunto “Marajoara”. Criada pelo Ministério da Defesa, a estrutura é responsável por coordenar a segurança e o apoio logístico durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, na capital paraense.
A Marinha do Brasil, por meio da Força Naval Componente (FNC), atuará em conjunto com o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, reforçando a segurança das infraestruturas críticas, o patrulhamento dos rios e o suporte às atividades logísticas do evento.
A FNC é composta por quatro Grupos-Tarefa (GT): Comando e Controle, sediado no “Atlântico”; Ribeirinho, com cerca de 500 militares e 50 viaturas; Segurança Fluvial, com 11 navios e 27 embarcações, responsável por patrulhas e escoltas; e Apoio Logístico, formado pelo Hospital Naval de Belém, Base Naval de Val-de-Cães e Centro de Intendência da Marinha. As ações serão concentradas nas regiões do Porto de Outeiro, Porto Petroquímico de Miramar, Subestações de Energia de Miramar (Equatorial e Eletronorte), Porto de Belém, rios Pará e Guamá, e áreas adjacentes.
Durante a COP30, o navio atuará como base de coordenação e centro de operações, prestando suporte estratégico às Forças Armadas na região amazônica. O NAM “Atlântico” conta com uma estrutura hospitalar completa e quatro aeronaves, empregadas em missões de transporte, apoio humanitário e emergência médica.
O Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, destaca o papel do navio na missão conjunta: “Com mais de mil militares e dezenas de viaturas e aeronaves a bordo, o ‘Atlântico’ reforça o poder de mobilização das Forças Armadas e a integração entre Marinha, Exército e Força Aérea em apoio à COP30.”
Histórico de presença em Belém
Esta não é a primeira vez que o NAM “Atlântico” visita a capital paraense. O navio esteve em Belém em agosto de 2023 e, mais recentemente, no início de outubro, durante uma passagem pela Operação “Atlas”, reforçando o vínculo histórico entre a Marinha e a região amazônica. Em momentos anteriores, a embarcação recebeu milhares de visitantes e participou de operações navais e de adestramentos conjuntos na foz do Rio Amazonas.