Rio Gravataí está com nível mais baixo desde fevereiro
Desde o dia 22 de março, estão suspensas todas as captações que não sejam para o abastecimento humano

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Apesar da onda de calor ter dado uma trégua, alguns leitos de água da região Metropolitana de Porto Alegre ainda estão em níveis baixos. Segundo dados elaborados pelo Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (DRHS/SEMA-RS), o Rio Gravataí está em situação crítica desde o dia 22 de março, quando entrou em cota de alerta.
Desde então, estão suspensas todas as captações que não sejam para o abastecimento humano. A cota da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan em Alvorada, nesta quarta-feira, dia 26, aferiu 1,15 metro. O nível não era tão baixo desde o dia 12 de fevereiro, quando atingiu os 1,11 metros. No Passo dos Negros, em Gravataí, a medição alcançava 46 centímetros, nível não chegava a esse número desde o dia 13 de fevereiro. No Passo das Canoas, também em Gravataí, a última medição marcou 1,08 metro, número que não era atingido desde o dia 14 de fevereiro.
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No Guaíba, a situação não estava tão crítica. Nesta manhã, a régua instalada no Cais Mauá media 0,79 metro. Na manhã de terça-feira, indicava 0,82 metro, ou seja, uma redução de três centímetros. Já a régua da Usina do Gasômetro, também no Centro Histórico e instalada durante a cheia de 2024, o Guaíba marcava 1,53 metro nesta manhã, oito centímetros a menos do que no dia anterior.
Já no Rio dos Sinos, em Campo Bom, a última medição aferiu 1,70 metro. Aumentou 19 cm desde a última medição do dia anterior. O mesmo nível é encontrado em São Leopoldo, com 10 centímetros a mais do que a medição feita no dia anterior. Em Novo Hamburgo, última medição aferiu 2,29 metro, apenas 1 centímetro a menos do que na última medição.
Na Praça do Ecoturismo, em Cachoeirinha, além da sujeira evidente da água, era possível ver sutilmente pela rampa das embarcações a diferença do baixo nível no rio Gravataí. Felipe Fernando, morador que frequenta o espaço diariamente, salienta que, por ter o mesmo nível do Guaíba, o nível baixo não fica visível. “Fica situação crítica, mas aqui, na divisa de Cachoeirinha até Canoas, não afeta. Fica em um nível normal. A navegação fica normal também, mas a sujeira mais evidente”.