Servidores do INSS realizam manifestação no Centro Histórico de Porto Alegre

Servidores do INSS realizaram, na manhã desta quarta-feira, um manifestação no Centro Histórico de Porto Alegre. O cortejo fúnebre reuniu cerca de sessenta participantes que reivindicaram, principalmente, a valorização da categoria. O ato seguiu pelas ruas Borges de Medeiros, Salgado Filho, João Pessoa e Jerônimo de Ornelas. No carro de som, os servidores informavam que o INSS distribui mensalmente R$ 60 bilhões de reais para os aposentados e pensionistas no país.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no Estado do Rio Grande do Sul, José Campos, expressou sua tristeza com a greve iniciada em 18 de julho. Ele criticou o governo Lula por não negociar de forma efetiva, apresentando propostas financeiras que não resolvem o problema central. A greve, segundo Campos, busca valorizar a Previdência Social e o INSS, destacando a necessidade de reconhecer a carreira dos servidores como essencial, similar às carreiras da Receita Federal e agências reguladoras.

Campos enfatizou a importância da Previdência Social para a sociedade, especialmente para garantir dignidade aos idosos. "Nós não imaginávamos que com o governo Lula a gente precisasse fazer uma greve tão longa e tão sofrida, porque na verdade o governo não estabelece negociações reais com a gente. A população está envelhecendo aceleradamente e a Previdência Social não pode continuar sendo tratada como vem sendo”, disse.

Greve do INSS, servidores realizam "cortejo fúnebre" pelas ruas do Centro Histórico | Foto: Pedro Piegas

Alcieres Cardoso observou que a greve está prestes a completar 60 dias e ressaltou a importância do INSS para o Brasil. “Um órgão importantíssimo que distribui renda para a maioria das famílias no Brasil, mais de 70% dos benefícios tem na Previdência a principal fonte de entrada de dinheiro no município, maior do que até o fundo de participação dos municípios, e o órgão não vem sendo valorizado como deveria”, declarou. Cardoso também sublinhou que um dos objetivos do ato foi de denunciar os ataques que a Previdência Social e o INSS sofreram, tanto do governo atual quanto dos anteriores.