Cidades

Valorização dos resíduos e bons exemplos de gestão energética do RS são discutidos no Sergs Debates, em Porto Alegre

CRVR e Fepam foram convidados para debater processos e transição energética

Evento ocorreu na sede social do Sergs, no bairro Pedra Redonda
Evento ocorreu na sede social do Sergs, no bairro Pedra Redonda Foto : Julia Dierchx/Sergs

A Sociedade de Engenharia do RS (Sergs) discutiu, nesta quarta-feira, a valorização de resíduos e seus impactos para o meio ambiente e o desenvolvimento econômico. O Sergs Debates, realizado mensalmente em sua sede social, no bairro Pedra Redonda, em Porto Alegre, nesta edição teve a mediação da diretora Daniela Cardeal.

“Viemos em uma construção de muitos anos junto ao governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a Fepam, a fim de modernizar ritos, trazendo transparência, segurança de investimentos, focados inicialmente na questão das energias solar, eólica e bioenergia. Quanto a este último, hoje conseguimos ver todo o setor se desenvolvendo muito, e podemos pensar em novos modelos de gestão, inclusive descentralizada”, disse Daniela.

Estiveram presentes e palestraram no evento os diretores-presidentes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental, Renato Chagas, e da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), Leomyr Girondi. “Todos estes projetos vão gerar redução de resíduos, melhorias na logística e transporte e melhor aproveitamento dos resíduos”, acrescentou Chagas.

"Com um aterro bem operado, extraio todo o gás que ele gera, podendo gerar o biogás. Antigamente, as sobras dos materiais orgânicos eram um problema para o Estado, mas as próprias indústrias de beneficiamento foram buscando soluções e hoje o RS pode tranquilamente servir de exemplo para outros locais”, comentou ainda ele.

Girondi salientou que no trabalho da CRVR, há uma busca constante de dar melhores destinações para o resíduo gerado. "Conseguimos trazer para este debate um pouco do que estamos discutindo internamente, e mostrar como estamos posicionados em relação ao restante do Rio Grande do Sul e do Brasil, aplicando tecnologias inovadoras, e trazendo nossa visão de futuro", comentou ele.

"A geração de gás, de créditos de carbono, energia elétrica e, mais recentemente, biometano, é um processo no qual temos investido bastante, tanto no aproveitamento do efluente líquido, fazendo o que era um problema virar uma solução para a sociedade", acrescentou.

A CRVR iniciou, em setembro, a operação da maior planta de biometano do Sul do Brasil, a Biometano Sul, no município de Minas do Leão, com capacidade de geração de 66 mil metros cúbicos de combustível renovável por dia, com investimento de R$ 150 milhões. Há, ainda, mais uma planta da companhia em construção em São Leopoldo, à qual estão sendo investidos R$ 100 milhões.

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